Em carta aberta, o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, explica estouro da meta ao ministro Paulo Guedes
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto
JOÉDSON ALVES/EFE - 24.02.2021O Banco Central publicou na tarde desta terça-feira (11) uma carta aberta ao presidente do CMN (Conselho Monetário Nacional), o ministro da Economia, Paulo Guedes. O documento, assinado pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto, explica o motivo do descumprimento da meta de inflação registrada em 2021.
Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta terça-feira, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) do ano passado ficou em 10,06%, superando a meta de inflação, que era de 3,75%, e o teto de tolerância, de 5,25%.
BC diz que crise hídrica e falta de insumos levaram inflação a 10,06%
Em carta aberta, o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, explica estouro da meta ao ministro Paulo Guedes
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto
JOÉDSON ALVES/EFE - 24.02.2021O Banco Central publicou na tarde desta terça-feira (11) uma carta aberta ao presidente do CMN (Conselho Monetário Nacional), o ministro da Economia, Paulo Guedes. O documento, assinado pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto, explica o motivo do descumprimento da meta de inflação registrada em 2021.
Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta terça-feira, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) do ano passado ficou em 10,06%, superando a meta de inflação, que era de 3,75%, e o teto de tolerância, de 5,25%.
Na carta, o presidente do BC declara que os principais fatores que levaram à disparada da inflação foram os preços das commodities, a crise hídrica, a falta de insumos e os gargalos da produção. Além disso, Campos Neto afirma que a instituição tem tomado todas as providências para que a inflação atinja as metas estabelecidas para 2022, 2023 e 2024.
"Os principais fatores que levaram a inflação em 2021 a ultrapassar o limite superior de tolerância foram os seguintes: forte elevação dos preços de bens transacionáveis em moeda local, em especial os preços de commodities; bandeira de energia elétrica de escassez hídrica; e desequilíbrios entre demanda e oferta de insumos, e gargalos nas cadeias produtivas globais", afirma o documento.
Segundo o texto, "as pressões sobre os preços de commodities e nas cadeias produtivas globais refletem as mudanças no padrão de consumo causadas pela pandemia, com parcela proporcionalmente maior da demanda direcionada para bens e impulsionada por políticas expansionistas".
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