Porto Velho, RO - Durante boa parte da pandemia, a variante Gama (P.1) foi a dominante no Brasil. No entanto, na última atualização do banco de dados da Rede Genômica, coordenada pela Fiocruz, ficou perceptível que a cepa deixou o país, abrindo espaço para Delta e Ômicron.

A Gama foi descoberta pela primeira vez em Manaus, no Amazonas. Em janeiro do ano passado, a capital amazonense passou por um colapso no sistema de saúde, com direito a hospitais superlotados e escassez no estoque de oxigênio. No primeiro semestre de 2021, a variante foi responsável pela morte de 280 mil pessoas.

Mas, na verdade, já faz um tempo que a Gama não é encontrada no Amazonas, segundo a Rede Genômica: desde novembro do ano passado. Por sua vez, a variante deixou o país no início de dezembro, com as três últimas amostras tendo sido coletadas em São Paulo.

Variante Gama deixa Brasil, abrindo espaço para Delta e Ômicron (Imagem: Reprodução/Rede Genômica/Fiocruz)
Variante Gama deixa Brasil, abrindo espaço para Delta e Ômicron (Imagem: Reprodução/Rede Genômica/Fiocruz)

De acordo com a Fiocruz, antes da Gama, outras cepas se sobressaíam na pandemia: em março de 2020, a linhagem B.1.1.28 tomava conta das infecções. Surgiu então a B.1.1.33, e as duas dividiram a liderança até que a P.2 viesse à tona, em agosto de 2020. A situação mudou apenas com a chegada da variante Gama.

Em julho, a Gama abriu espaço para a variante Delta, que atualmente ainda segue como a dominante, apesar da ascensão da Ômicron.