Testes com amostras são ainda os mais utilizados no Estado de Rondônia

Tão logo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Governo de Rondônia regulamentarem a medida, a Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) cumprirá a nova política pública de utilização do autoteste para a covid-19. No final da semana passada, dia 28, a Anvisa liberou a possibilidade de comercialização de testes que podem ser aplicados por leigos, em si mesmos ou amigos e familiares.

“O autoteste já é uma realidade em países de primeiro mundo, a estruturação desse tipo avaliação não implica somente na realização do exame, mas em como esses testes ou casos serão notificados, em países onde essa prática já ocorre após a realização do teste”, disse o diretor-geral da Agevisa, Gilvander Gregório de Lima. 

A coordenadora estadual da covid-19 na Agevisa, Flávia Serrano, doutora em Biologia Experimental explicou que a notificação é realizada por QrCode pelo próprio celular, mas a aprovação da Anvisa ainda traz dúvidas com relação a ela. Isso não diz respeito à testagem: “O teste poderá ser realizado pela coleta salivar, quando houver kit, ou nasal, a forma mais comum, pela qual a coleta é feita na porção inicial das narinas, diferente da coleta nasofaringe, como estamos habituados”, detalhou Serrano.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), a demanda por testes têm sido alta. Entre 17 e 23 de janeiro, a entidade constatou um recorde de 740,7 mil testes em farmácias e drogarias, dos quais, 43,14% resultaram positivos. Até então, os testes só poderiam ser aplicados por profissionais de saúde ou trabalhadores de farmácias.

Há no mercado diferentes tipos de teste, dos laboratoriais mais precisos, como o RT-PCR, testes de Antígenos (TR-Ag), até os testes de anticorpos (IgM e IgG), esses últimos por metodologia de testes rápidos, que fornece um diagnóstico em poucos minutos, porém, o padrão ouro é o RT-PCR.

RESOLUÇÃO E DISPONIBILIDADE

Com a aprovação sexta-feira (28), a agência publicará resolução com os requisitos necessários para que as empresas interessadas em vender os autotestes em farmácias peçam o registro dos produtos.

Isso quer dizer que o material não deve estar disponível de imediato ao público final, pois, para que cheguem às farmácias, cada produto, de cada fabricante ou importador, deve ainda ser aprovado individualmente pela Anvisa, após análise de ampla documentação.

Os autotestes deverão trazer informações, com linguagem clara e precisa, orientando o público leigo sobre como colher adequadamente o material biológico e fazer o exame. Esse é um dos requisitos para aprovação de cada produto, de acordo com o voto da relatora do tema na Anvisa, Cristiane Rose Jourdan Gomes.