Presidente americano chamou líder russo de 'criminoso de guerra' em declaração a jornalistas nos Estados Unidos

Presidente da Rússia, Vladimir Putin, em evento no Kremlin

Presidente da Rússia, Vladimir Putin, em evento no Kremlin

MIKHAIL KLIMENTYEV/SPUTNIK/AFP

Nesta quarta-feira (16), o Kremlin considerou "inaceitável e imperdoável" uma declaração do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que acusou pela primeira vez o mandatário russo Vladimir Putin de ser um "criminoso de guerra" pela invasão da Ucrânia.

"Consideramos inaceitável e imperdoável semelhante retórica por parte de um chefe de Estado cujas bombas mataram centenas de milhares de pessoas em todo o mundo", declarou o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, citado pelas agências TASS e Ria Novosti.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse que Biden estava "falando com o coração" depois de ver imagens na televisão de "ações bárbaras de um ditador brutal em sua invasão de um país estrangeiro".

Psaki afirmou que "um procedimento jurídico [estava] ainda em curso no Departamento de Estado" com respeito a uma qualificação legal de "crimes de guerra" cometidos pela Rússia na Ucrânia.

Até agora, nenhum funcionário americano tinha utilizado publicamente as expressões "criminoso de guerra" ou "crimes de guerra", ao contrário de outros Estados e organizações internacionais.