Escritório de Direitos Humanos critica 'brutal ato de violência' e pede ao governo que proteja defensores de povos indígenas
Ravina Shamdasani, porta-voz do Escritório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos
DANIEL JOHNSON, UN NEWS - GENEVAO Escritório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos emitiu um comunicado nesta quinta-feira (16) em que lamenta a morte do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips e apelou ao governo brasileiro para ampliar a segurança de ativistas que atuam na defesa de povos indígenas e do meio ambiente.
Em um texto assinado pela porta-voz do escritório, Ravina Shamdasani, a ONU pondera que "os ataques e ameaças contra os defensores dos direitos humanos ambientais e os povos indígenas, incluindo os que se encontram em isolamento voluntário, continuam a ser persistentes", e que a proteção a essas pessoas precisa ser reforçada.
"Exortamos as autoridades brasileiras a aumentar os seus esforços para proteger os defensores dos direitos humanos e os povos indígenas de todas as formas de violência e discriminação, tanto por atores estatais como não estatais, e a tomar medidas para prevenir e proteger os territórios indígenas de incursões de atores ilegais, incluindo o reforço dos organismos governamentais responsáveis pela proteção dos povos indígenas e do ambiente", escreveu Shamdasani.
Além disso, a porta-voz clamou por justiça. "Entristece-nos profundamente a informação sobre o assassinato de Dom Philipps e Bruno Araújo Pereira. Este brutal ato de violência é terrível e apelamos às autoridades do Estado para que assegurem que as investigações sejam imparciais, transparentes e minuciosas, e que seja concedida reparação às famílias das vítimas."
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