Adoção diminui em Rondônia: Vara ensina autonomia para jovens não selecionados até 18 anosA Vara de Proteção à Infância e Juventude de Rondônia vem realizando ações dentro do lar de acolhimento de crianças doadas para adoção e ressocialização. Desde a alfabetização, cuidados com a saúde, eles também criaram um sistema de cuidados psicológicos para todos que dependem do ambiente para viver.

No local do acolhimento é trabalhada autonomia de cada pessoa, além de ações estratégicas identificando e apresentando diversas áreas para que possibilite a entrada de cada um no mercado de trabalho. 

Essa estratégia serve para que o jovem-adulto já tenha caminhos para seguir, caso não tenha sido adotado até a maior idade (18 anos), fazendo com que ele possa ter renda, lar e independência como adulto na sociedade.

Uma pequena parte desses jovens-adultos não se enquadra nesse aspecto devido à saúde mental fragilizada e uma independência sem desenvolvimento mesmo com os estímulos. Sendo assim eles não são inseridos na sociedade, e continuam na instituição mesmo após a maior idade.

Um dos fatores que as mantém com outras crianças ali dentro é o fato da capital não possuir repúblicas destinadas para essas pessoas conviverem com outras também da maior idade, levando mais uma dificuldade aos que enxergam “parceiros” indo para novos lares enquanto os mesmos ficam sabendo que mais nada será possível.

Segundo a Maria de Fátima chefe da Seção de Colocação Familiar do Núcleo Social da Vara, esses casos são menores e mesmo sem condições de encaminharem para outros lugares, o lar acolhe para que o indivíduo fique bem onde cresceu.

“A maioria vai sendo trabalhada para autonomia e auto-independência a partir dos 18 anos, fazemos isso para elas seguirem suas vidinhas após o encerramento do acolhimento institucional”.

Queda na procura

Nos últimos anos tem diminuído drasticamente a procura por adoção em todo estado de Rondônia. Segundo a equipe da Vara de Proteção, os números já não eram tão positivos trazendo no máximo 17 adoções por ano. Hoje o processo final de entrega não chega a mais de 10 por ano, fazendo uma nova preocupação surgir e dando a possibilidade de trabalharem outras estratégias.

Para resolver esse impasse a equipe trabalha bastante com a reassociação. É uma prática menos burocrática já que a guarda será passada para alguém de dentro da família, mas que tenha condições financeiras e psicológicas para acolher a criança.