(Foto: Agência Brasil)

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A Covid-19 está de volta sem mesmo ter ido embora, provoca elevado número de internações em várias cidades brasileiras, incluindo Manaus, e força número expressivo de pessoas a ficar em casa em decorrência do mal-estar e de cumprir o prazo de recuperação sem ampliar a contaminação de outras pessoas.

Não é novidade o quadro atual do Brasil, os especialistas da área em nível local e nacional alertaram e continuam alertando para essa realidade com a qual o País lida. Para evitar o agravamento, pediram ações estratégicas concretas e o reforço na manutenção de medidas de prevenção. A lição recente de sofrimento para doentes e para quem perdeu familiares 
e amigos, não foi aprendida, permanece o descaso e a tomada de decisão tardia, como a vacinação de crianças.

Em alguns ambientes de aglomeração, como universidades e outras instituições, somente agora há recomendação para o uso de máscara e ressalve-se, não são todas que aderiram à retomada do protocolo. No transporte coletivo, a maioria dos passageiros não usa máscara e está amontoada exposta a ação do vírus circulante no interior do veículo. 
O aumento de pessoas em ambientes como shoppings centers é registrado neste período em função das festividades de Natal e Ano Novo e, o que se verifica é o abandono por parte das gerências desses centros comerciais das medidas de prevenção.

Falta ao país e, de resto, às instâncias estaduais e municipais, a presença firme do governo fazendo valer a conduta de proteção e preventiva. Repete-se, a partir do comando maior do país, a disposição de distanciar-se desse cenário e retardar providências necessárias. Sem esse sinal, nos lugares onde as coisas acontecem, nas cidades, constata-se o grande afrouxamento enquanto os apelos a eventos de aglomeração são intensificados. 

No geral, falta responsabilidade pública por parte dos gestores públicos no que se refere a essa nova onda de Covid-19. Na balança, o apelo que está surtindo efeito é do viés econômico ainda com sensação de represamento em função dos dois anos de maior força da pandemia. O poder público 
tem condições de agir para criar ambiente favorável à observação do uso da máscara e da higiene das mãos em maior frequência, não o faz e, nesse momento algumas unidades hospitalares enfrentam lotação. 
Por que seguir o caminho mais perigoso?