Segundo a professora Erica Mafra, após ser denunciado pelo assédio sexual, o agressor teria sido promovido pela instituição (Foto: Clóvis Miranda/A Crítica)

Segundo a professora Erica Mafra, após ser denunciado pelo assédio sexual, o agressor teria sido promovido pela instituição (Foto: Clóvis Miranda/A Crítica)

A professora de língua inglesa Erica Mafra Toledo do Instituto Federal do Amazonas (Ifam) denunciou nas redes sociais ter sido vítima de assédio sexual nas dependências do prédio localizado no Centro de Manaus. Na publicação, ela conta que dois anos após o ocorrido, nenhuma medida foi tomada pela Instituição, o que a fez se posicionar publicamente. 

“No dia 25 de setembro de 2020, eu fui assediada por um colega de trabalho na sala dos professores. Esse colega falou no meu ouvido: quanto eu queria para fazer sexo degradante com ele?. Não havia testemunhas, ele falou no meu ouvido, mas eu tenho provas. O assédio sexual foi denunciado a todos os meus superiores, inclusive ao diretor desse Campus. Já se passaram dois anos que eu tento entrar com um processo administrativo e nada. Ninguém me ajuda”, relata ela, em vídeo, que já conta com mais de 12 mil visualizações na página do Centro Acadêmico de Física do Ifam.

Em entrevista ao A Crítica, a professora revela que a prática é comum dentro da instituição tecnológica. “O assédio sexual no Ifam é histórico. A maioria dos professores são homens, de área tecnológica, industrial, e onde se concentra o homem, se concentra a misogenia”, disse Erica Mafra.