Jéssica diz que o salário não é suficente para cobrir  o custo de vida: tudo caro (Junio Matos)

Jéssica diz que o salário não é suficente para cobrir o custo de vida: tudo caro (Junio Matos)

O ano de 2022 carregou consigo o peso dos altos preços advindos de uma inflação exorbitante, atingindo desde alimentos até carros e viagens. Ao longo dos últimos 12 meses, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou alta de 5,9%. Esse cenário levou muitos consumidores brasileiros ao endividamento.

Segundo dados da Serasa, o Amazonas tem um índice de 51,48% de inadimplentes, o maior em todo País e as principais dívidas são de:

  • Serviços de utilidade: consumos básicos como água, luz e gás (28,7%)
  • Bancos e cartão (20,5%)
  • Varejo (25,3%).

Uma pesquisa da Serasa apontou que a saúde financeira é uma das principais preocupações dos consumidores atualmente, o que fará com que o destino do 13º salário seja para a quitação de dívidas.

Com muitos boletos para pagar, amazonenses confirmam essa tendência e esperam o pagamento “extra” do mês de dezembro para se livrar ou pelo menos reduzir as contas acumuladas.

É o caso da assistente de recursos humanos Flávia Oliveira, 35. Ela diz que o 13º chegou em boa hora. Para ela, iniciar um novo ano sem dívidas e poder planejar uma viagem ou outra compra é um sentimento único.

“Esse ano eu acabei extrapolando nas dívidas e reconheço que este é o resultado de falta de planejamento mesmo. Chegou uma hora que eu estava devendo mais do que eu ganhava e precisei mesmo dar um basta em alguns gastos. A parte boa de tudo isso é que, junto com o fim do ano, vem também o 13º e com ele vou poder eliminar as dívidas e iniciar o ano mais aliviada para poder planejar algo”, contou.

Flávia explicou que suas dívidas se resumem em consumos básicos e que passar o cartão de crédito nos momentos de sufoco gerou uma dívida que passa dos R$ 5 mil.

“Precisei fazer uma viagem, tive custos que foram se acumulando a ponto deu me ver enrolada com uma dívida de R$ 6 mil. Ano que vem vou evitar usar o cartão de crédito sem pensar no amanhã”, relatou.

Assim como a assistente de RH, a recepcionista Jéssica Rodrigues, 31, diz que não sabe exatamente onde foi que começou o seu endividamento, mas que não chegou a fazer uma compra grande.