Conhecidas pelo adjetivo de “elefantes brancos”, obras públicas inacabadas fazem parte da paisagem brasileira já há muitos anos. Assistir a continuidade deste fato é, para o senador de Rondônia, inaceitável.

O senador Confúcio Moura (MDB-RO) encaminhou nessa segunda feira-feira (23) expediente ao ministro de Estado da Integração e do Desenvolvimento Regional (MDR), Waldez Góes, uma relação de obras inacabadas, paralisadas e que estão em andamento no Estado de Rondônia, de competência do MDR, pleiteando providências para que sejam retomadas e concluídas. No documento, o senador estabelece prioridades considerando os impactos que a paralisação causa na vida das pessoas, dos municípios e ao estado. 

Agência Senado/arquivo.

De acordo com o parlamentar, não há desenvolvimento sem infraestrutura e que as cidades devem se orientar pela real necessidade de seus habitantes.  Segundo ele, a falta de saneamento, a precariedade no transporte público, falta de moradias e outras carências urbanas excluem as cidades dos investimentos necessários para geração de emprego, melhoria da competitividade e elevação de seus indicadores socioeconômicos. Segundo o senador, este é um ciclo vicioso perverso, que contribui para a reprodução da pobreza por gerações.

No documento encaminhado ao ministro, Confúcio Moura considerou que os municípios rondonienses precisam, pela ordem: pavimentação e drenagem urbana; abastecimento de água e esgotamento sanitário; habitação popular, urbanização de assentamentos precários e outras obras e serviços de infraestrutura urbana. O senador destacou que além do comprometer a estrutura regional, o desperdício de recursos públicos com o abandono de obras, popularmente conhecidas como “elefantes brancos”, segue constrangendo o poder público – reforçando o estigma de que todos são maus gestores – e indignando os cidadãos brasileiros.

O senador justifica a sua preocupação com as obras paralisadas, pois sabe que com o tempo uma obra pública parada pode determinar prejuízos incalculáveis com a readequação de projetos, reiterados reinícios de execução, ajustes nos custos e até mesmo a sua completa inviabilidade – uma vez que outras soluções foram achadas e a obra se torna completamente dispensável.

24 de janeiro de 2023