Alunos das zonas rurais e ribeirinhas estão há quase 4 anos sem frequentar escola em Porto Velho — Foto: Jaíne Quele Cruz/g1
1 de 2 Alunos das zonas rurais e ribeirinhas estão há quase 4 anos sem frequentar escola em Porto Velho — Foto: Jaíne Quele Cruz/g1

Além de Terra Firme, várias outras comunidades ribeirinhas dependem do transporte escolar fluvial. De acordo com o Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO), cerca de 800 alunos do Baixo e Médio Madeira, na zona ribeirinha da Capital, são afetados.

Estudantes que dependem do transporte escolar fluvial em Porto Velho — Foto: Pedro Bentes/Arquivo g1

Além da falta de transporte, os alunos também ficaram afastados da sala de aula por conta da pandemia. No entanto, mais de um ano depois do retorno das aulas presenciais, os alunos ainda não estão frequentando as salas de aula e dependem de ensino remoto, mesmo que muitos não tenham acesso a tecnologia ou a auxílio no ensino.

Os últimos anos foram marcados por protestos por parte dos pais, ações e acordos na Justiça e reuniões entre MP-RO, Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO) e responsáveis. A responsabilidade que antes era da Prefeitura de Porto Velho passou para o Estado, mas até o momento o problema não foi definitivamente resolvido.

O que diz a Seduc?

Durante a reunião realizada nesta terça, a Seduc informou que comprou 78 embarcações que pertenciam à antiga empresa que prestava o serviço de transporte. Os barcos tinham sido apreendidos pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT-14). A pasta informou ainda que está tomando as "providências necessárias" para que o serviço volte a funcionar.

A Seduc também explicou que abriu chamamentos para contratação emergencial de duas empresas: uma para gerenciar o serviço de transporte e outra para manutenção das embarcações.

Sobre os prejuízos à educação dos alunos, a pasta informou que "está concluindo um projeto de recuperação" junto a Secretaria Municipal de Educação (Semed), já que a rede municipal também depende do transporte fluvial.

g1 entrou em contato com a Seduc para saber se há previsão para retorno das aulas presenciais para a zona ribeirinha, mas até a última atualização desta reportagem, não obteve retorno.