Na semana passada, a PGR pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a condenação de 39 pessoas apontadas como responsáveis por depredar as dependências do Senado. Elas haviam sido presas pela Polícia Legislativa.

Praça dos Três Poderes tem cenário de destruição após atos terroristas

Vidros quebrados no Palácio do Planalto — Foto: Bruno Góes/Agência O GloboSalão Azul, do Senado Federal, destruído após ação de terroristas em Brasília — Foto: Bruno Góes/Agência O Globo
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Área interna do Palácio do Planalto destruída — Foto: Bruno Góes/Agência O Globo
Golpistas invadiram Palácio do Planalto, Congresso e STF

A denúncia foi apresentada três dias após Pacheco entregar uma representação ao procurador-geral da República, Augusto Aras, e cobrar agilidade do Ministério Público Federal em responsabilizar criminalmente os invasores.

Além da condenação, a PGR pediu ao STF o bloqueio de bens no valor de R$ 40 milhões para a reparação dos danos causados durante a invasão ao prédio público, tanto os materiais ao patrimônio público quanto os morais coletivos. De acordo com relatório da Diretoria-Geral do Senado, o valor total dos danos que puderam ser estimados é de R$ 3,5 milhões.

A denúncia pede que os invasores sejam condenados pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado pela violência e grave ameaça com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima, e deterioração de patrimônio tombado.

Imagens das câmeras de segurança do Senado, obtidas pelo GLOBO, mostram cenas explícitas de vandalismo e depredação do patrimônio público enquanto agentes tentam, sem sucesso, conter o terrorismo sem precedentes na história. Barras de metal, escudos, rojões, pedaços de paus, extintores de incêndio e mangueira de água foram as armas usadas por golpistas para iniciar a invasão ao Congresso e avançar sobre o efetivo limitado de policiais legislativos no último dia 8 de janeiro.

O nome dos envolvidos nos ataques não foram divulgados. As denúncias foram protocoladas no âmbito do inquérito 4922, que está sob sigilo e tem como relator o ministro, Alexandre de Moraes, do STF. Ainda não há uma decisão.