A Rovema Energia viabilizou contratos com a energia de três empreendimentos no leilão simplificado de reserva de capacidade realizado nesta segunda-feira, 25 de outubro. A empresa vendeu energia das usinas solares Machadinho (5,3 MW) e Buritis (5,2 MW), no estado de Rondônia e da UTE Energias de Gaspar (100,2 MW), em Santa Catarina. O CEO da empresa, Adelio Barofaldi, comemorou o resultado do certame, mas acredita que se houvesse um prazo mais longo para a montagem dos projetos, o resultado poderia ser ainda melhor. “A demanda do Brasil é muito grande e apertada agora, mas se tivéssemos um pouco mais de programação e tempo daria para fazer mais bons projetos”, explica.

No leilão de sistemas isolados, realizado no fim de abril deste ano, a Rovema também havia se saído vitoriosa, viabilizado uma UTE de 75 MW movida a óleo diesel no Acre. A empresa atua na geração há mais de 20 anos na região Norte do país, atendendo sistemas isolados. A geradora tem 18 MW em sistemas de microgeração em regime de cooperativa.

Barofaldi considerou os preços em linha com o que seria praticado em condições de mercado. A energia da UFVs foi comercializada a R$ 343/ MWh. Os projetos solares que ficarão nas cidades de Machadinho e Buritis eram inicialmente destinados para a Geração Distribuída e já estavam em construção. Mas segundo o presidente da empresa, a ocasião do leilão de reserva de potência acabou fazendo com que fossem inseridos no certame. Os investimentos devem girar em torno de R$ 50 milhões.

Já a térmica a gás, que fica localizada na cidade de Gaspar, em Santa Catarina, será abastecida por GNL importado que virá através de um contrato de suprimento com a New Fortress Energy, que será a fornecedora do insumo. Há ainda um contrato de locação de equipamentos para as turbinas. Os investimentos para a térmica devem ficar em R$ 60 milhões. O executivo chamou a atenção para o preço da energia das UTEs a gás no certame, que envolveu não apenas a alta no preço do insumo, mas também a variação do dólar americano, o que não deu margens para reduções.

Fonte: Canal Energia