Segmento teve redução de 9% no mês; em um ano, retomada da atividade apresenta forte elevação, com 39,6% de aumento

Excesso de demanda fez passagens dispararem

Excesso de demanda fez passagens dispararem

CARLOS BARRÍA / REUTERS - 7.11.2021

Se a demanda reprimida no turismo fez a procura por passagens aéreas e o preço dos bilhetes dispararem em agosto, em setembro houve uma readequação no setor.

As companhias áreas perderam 9% da receita de agosto para setembro, puxando para baixo o setor de transportes, uma das cinco atividades que ajudam a compor o PMS (Pesquisa Mensal de Serviços), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na sexta-feira (12).

No geral, o setor de serviços caiu 0,6% e quatro das cinco atividades acompanharam o recuo, com destaque para os transportes (- 1,9%), que tiveram a taxa negativa mais acentuada desde abril do ano passado, quando marcaram - 19,0%.


O gerente da pesquisa do IBGE, Rodrigo Lobo, diz que o principal impacto negativo nessa queda do setor de serviços veio dos transportes. 


Ele cita que após agosto apresentar alta de 6,2% no transporte aéreo de passageiros, o segmento recuou com o aumento nos preços das passagens, de 28,19%.

Apesar da redução de 9% verificada em setembro, a quantidade de serviços prestados no transporte aéreo aos brasileiros foi ainda 39,6% superior ao mesmo mês de 2020, quando o país atravessava uma fase crítica da pandemia de Covid-19.


Nos nove meses de 2021, o segmento acumula alta de 36,4%.