Corporação inicia diligências para apurar os danos e tentar chegar aos autores da investida cibernética


Hacker

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OSKAR BURGOS/EFE

A Polícia Federal abriu inquérito para investigar o ataque cibernético contra o Ministério da Saúde. O objetivo da investigação é chegar até os autores da investida que tirou do ar dados de vacinação de milhões de brasileiros que estavam disponíveis no aplicativo ConecteSUS. 
Assim que a corporação foi acionada e soube do incidente, uma equipe do Núcleo de Operações de Inteligência Cibernética foi deslocada até o servidor do Ministério. Uma avaliação preliminar descartou a possibilidade de um ataque de ransomware, quando os dados são sequestrados e criptografados.

Fontes ligadas a equipes de tecnologia do governo, ouvidas sob a condição de anonimato pelo R7, apontam que existe ainda a suspeita de um ataque interno, que teria partido de dentro do próprio governo. No entanto, um grupo hactivista, ainda desconhecido nas redes, assumiu autoria do ataque.

O principal alvo foi o serviço de DNS da pasta, com redirecionamento da página que estava desativada desde o ano passado. O site recebeu uma "pichação", com uma mensagem do grupo afirmando que 50 terabytes de dados foram roubados. Mas esta informação não foi confirmada durante as diligências iniciais. 

A investida dos crackers fez com que o governo anunciasse o adiamento da cobrança de certificado de vacinação para quem pretende ingressar no país por via aérea.