Advocacia-Geral da União quer que STF intime estados e o DF para que se manifestem e corrijam eventuais erros nos dados
Somente a vacina da Pfizer, com um terço da dosagem para adultos, é permitida para o público infantil no Brail
NELSON ALMEIDA/AFPUm levantamento com base em informações da RNDS (Rede Nacional de Dados em Saúde) revela que mais de 57 mil crianças receberam doses incorretas contra a Covid-19 no Brasil, até dezembro de 2021. Segundo a AGU (Advocacia-Geral da União), os números foram repassados pelos próprios estados e o Distrito Federal e sustentam um pedido da advocacia para que STF (Supremo Tribunal Federal) suspenda qualquer campanha de vacinação de crianças e adolescentes em desacordo com as diretrizes prescritas no PNO (Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra Covid-19).
A RNDS é uma plataforma criada pelo Ministério da Saúde que reúne informações sobre casos de Covid-19 com base no resultado de exames laboratoriais. Na tabela apresentada ao STF, consta que mais de 14,5 mil crianças e adolescentes de 0 a 17 anos receberam doses da AstraZeneca, outras 20 mil da CoronaVac e mais 1,2 mil da Janssen. Nenhuma vacina desses fabricantes possui autorização para imunizar a faixa etária abaixo de 18 anos no Brasil.
Apenas a Pfizer recebeu aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para vacinar crianças de 5 a 11 anos com um terço da dose aplicada àqueles a partir dos 12 anos. Ainda assim, antes mesmo da chegada das doses específicas para a faixa etária, o Ministério da Saúde constatou que mais de 18,8 mil pessoas de 5 a 11 anos receberam a dosagem adulta, além de outras 2,4 mil crianças entre 0 e 4 anos.
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