Sindicato diz que não faz cartel de combustível em Rondônia; reajuste do álcool pode ser o motivo

Nesta segunda-feira (17), após a ação dos órgãos fiscalizadores, que apura a elevação repentina no preço do combustível em Porto Velho, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Rondônia (Sindipetro), informou ao RONDONIAGORA, que empresas tem suportado reajustes de forma silenciosa e não repassam ao consumidor.

Em nota, assinada pelo presidente Arildo Persegono Filho, o Sindipetro disse que não atua na precificação das revendas, não promove ajustes ou reuniões com propósito de realizar alinhamentos de preços, cabendo exclusivamente a cada revendedor diante do cenário mercadológico a indicação do preço de seus produtos nas bombas de combustíveis. 

O presidente não esclareceu, no entanto, os motivos do aumento ocorrido no sábado, em vários postos e na mesma proporção, saindo da média de R$ 4,69 para R$ 5,19. Um outro diretor, Carlos Eduardo disse que houve reajuste nas distribuidoras.

O sindicato destacou ainda, que muitas revendas têm suportado os reajustes de forma silenciosa dos preços praticados pelas companhias, sem que seja repassado aos consumidores, gerando estrangulamento as margens praticadas no mercado que implique a própria sobrevivência da venda. 

Neste domingo (16), vários postos de combustíveis foram fiscalizados pela Secretaria de Finanças de Rondônia (Sefin) e Procon, mas não há informações sobre possíveis autuações.

O jornal apurou que esse aumento aconteceu em várias partes do país e a culpa pode ser do período da entressafra da cana-de-açúcar, matéria prima utilizada na produção da gasolina e do álcool.

Um levantamento da USP aponta que o etanol anidro, usado na mistura com a gasolina, registrou a quinta alta semanal consecutiva, no início do mês, de 4,41%. Já o etanol hidratado subiu pela quinta semana seguida, e teve alta 4,71%, segundo dados levantados entre os dias 10 e 14 de outubro.