Porto Velho, Rondônia - Pouco coerente com a realidade nacional, traço que vem demonstrando cada vez com mais frequência de uns tempos para cá, o Senador Marcos Rogério (PL) resolveu votar a PEC da Transição na quarta-feira com o fígado e não com a cabeça.

Numa atitude incoerente, pregando um suposto "equilíbrio financeiro" que o governo que ele defende não praticou, haja vista o descontrole nas contas do governo federal neste final de gestão, que colocou setores importantes como Educação, Meio Ambiente, Polícia Federal, PRF e outros numa espécie de "apagão", e ainda coloca os aposentados brasileiros sob o risco de ficarem sem receber o benefício, Rogério faz um discurso totalmente inconsistente para defender seu posicionamento, e não cita que o candidato a presidência que ele apoio, autor do orçamento que está aprovado para o próximo ano, não disponibilizou verbas para pagar o complemento de R$ 200,00 do Auxílio-Brasil, e nem reservou verbas para a elevação do salário mínimo, compromissos que haviam sido firmados não só pelo vencedor, mas pelos dois principais concorrentes à Presidência da República.

Rogério votou contra para embaralhar o próximo governo, para criar problemas para o futuro presidente, para complicar as vida da população mais necessitada a fim de promover uma "vendetta" contra o eleitorado brasileiro que votou em Lula, ainda magoado pela derrota sobre Bolsonaro.

O senador acompanhou um grupo de 15 de seus pares que não pensam o Brasil como um coletivo, que colocam os interesses políticos e as picuinhas de campanha acima dos interesses da população e que representam o que há de mais odioso e rudimentar na política nacional.