Agentes trabalharão em duas frentes: a inutilização da infraestrutura que sustenta o crime e a busca por provas.

Por g1

Garimpo ilegal próximo a área de aldeia Yanomami em Roraima. Foto de 2016 — Foto: Bruno Kelly/Reuters
1 de 1 Garimpo ilegal próximo a área de aldeia Yanomami em Roraima. Foto de 2016 — Foto: Bruno Kelly/Reuters

Garimpo ilegal próximo a área de aldeia Yanomami em Roraima. Foto de 2016 — Foto: Bruno Kelly/Reuters

Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (10) uma operação para combater o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami.

A operação Libertação tem como objetivo proteger a população Yanomami por meio da interrupção do garimpo ilegal.

De acordo com a Polícia Federal, para impedir o garimpo ilegal, os agentes devem trabalhar em duas frentes: a inutilização da infraestrutura que sustenta o crime e a busca por provas.

"O foco neste momento é interromper a prática criminosa e proporcionar a total e efetiva retirada dos não indígenas da Terra Yanomami, preservando os direitos humanos de todos os envolvidos", diz PF.

Como reforça o chefe da Diretoria de Meio Ambiente e Amazônia da PF, Humberto Freire, "o foco das ações é na logística do crime e no registro da materialidade delitiva, não nas pessoas envolvidas, de modo a evitar que haja dificuldades na saída dos não indígenas da Terra Yanomami".

O diretor ressalta também a importância de se evitar uma outra crise humanitária, em relação aos garimpeiros que não consigam sair da área e também acabem sem meios de subsistência mínima. "Não podemos esquecer que o foco principal da operação é a desintrusão total dos não índios da TI Yanomami", reforça.

A estimativa é que ao menos 20 mil garimpeiros estejam na Terra Indígena Yanomami. A ação ilegal deles causou uma crise humanitária sem precedentes no território. São pouco mais de 30 mil Yanomami na área que deveria, por lei, ser preservada. No entanto, tem sofrido com o avanço do garimpo ilegal, que só em 2022 cresceu 54%.

A operação Libertação segue em andamento até o restabelecimento da legalidade na Terra Indígena Yanomami, afirma a PF. A ação de combate ao crime é liderada pela Polícia Federal e composta pelo Ibama, Funai, Força Nacional e Ministério da Defesa.