Na véspera, a moeda norte-americana teve queda de 0,23%, cotada a R$ 5,2563.

Por g1

Notas de dólar — Foto: pasja1000/Creative Commons
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Notas de dólar — Foto: pasja1000/Creative Commons

O dólar abriu a sessão desta quarta-feira (15) em alta, com retorno da preocupação dos agentes de mercado sobre a crise nos bancos americanos.

Às 10h30, a moeda norte-americana subia 0,75%, cotada a R$ 5,2955. Veja mais cotações.

Na véspera, o dólar fechou em queda de 0,23%, cotada a R$ 5,2563. Com o resultado, a moeda passou a acumular alta de 0,60% no mês, mas ainda tem queda de 0,41% no ano.

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O que está mexendo com os mercados?

As medidas das autoridades americanas e as garantias dos governos sobre a solidez do sistema bancário após a falência do banco californiano Silicon Valley Bank (SVB) conseguiram estabilizar um pouco os mercados na terça-feira, mas a situação continua frágil.

O impacto do fim do SVB ainda não está claro, mas especialistas em economia dos EUA afirmam não acreditar que a falência do banco cause um efeito dominó semelhante ao que levou à crise financeira de 2008.

Mas os investidores voltaram a fugir para ativos seguros após temores sobre o banco Credit Suisse ressuscitarem medos mais amplos sobre o setor financeiro internacional. Os papéis do banco estavam em queda livre de mais de 20% na Bolsa suíça, depois que o principal acionista saudita anunciou que não vai apoiar a instituição com um aumento de sua participação no capital.

Na Europa, as ações foram às mínimas do ano, puxadas por um momento de realização de lucros, somada à pressão ao setor bancário. Também há um clima de esfriamento do otimismo de que o Federal Reserve possa reduzir o ritmo de alta de juros na próxima semana, na esteira do colapso do Silicon Valley Bank (SVB).

Juros mais altos nos Estados Unidos elevam a rentabilidade dos títulos públicos do país, que são considerados os mais seguros do mundo. Isso favorece o dólar frente a outras moedas e impacta principalmente países emergentes, como o Brasil.

Entre os indicadores, o mercado espera resultados da inflação ao produtor e vendas do varejo nos EUA.