"Me lembro da atmosfera ser algo exótico na primeira vez que estivemos aí, no Sambódromo", afirmou Matthias Jabs em entrevista exclusiva ao A CRÍTICA. Assista a entrevista completa

Dante Graça
online@acritica.com
18/03/2023 às 17:58.
Atualizado em 18/03/2023 às 18:07

Lá se vão mais de 15 anos desde a primeira vez que a banda alemã de hard rock Scorpions pisou pela primeira vez em Manaus. Aquele show, em agosto de 2007, marcou época na cidade, abrindo uma temporada até então inimaginável de shows internacionais na capital amazonense. 

Agora, o quinteto que já acumula quase 60  anos de carreira vem à cidade pela terceira vez em um outro contexto. Se antes eram os headliners, agora complementam o poderoso lineup do Monsters Tour, marcado para 12 de abril, na Arena da Amazônia, que tem ainda Sepultura e Kiss entre as atrações. 

Se os fãs de Manaus não esquecem dos shows históricos realizados em Manaus, é importante saber que a cidade também está marcada na memória dos membros da banda alemã.

“Manaus é um lugar muito especial no mundo inteiro, uma cidade com dois milhões de habitantes no meio da Floresta Amazônica, é algo muito especial. Me lembro da atmosfera ser algo exótico na primeira vez que estivemos aí, no Sambódromo. As pessoas são amáveis”, afirmou o guitarrista Matthias Jabs, em entrevista exclusiva ao A CRÍTICA

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Manaus será a primeira cidade da passagem dos Scorpions pelo Brasil, que terá também apresentações nas cidades de Ribeirão Preto, Florianópolis, São Paulo - onde participam do Festival Monsters of Rock - e Porto Alegre. Ao comentar a volta ao País, Matthias novamente relembra da passagem por Manaus, que tem inclusive registro audiovisual.

“Nós estamos muito animados de voltar ao Brasil, especialmente Manaus. Lembro que foi uma aventura, foi muito bom, temos um DVD gravado que é algo para sempre relembrar”, comentou ele.

Em 2007, o show em Manaus fazia parte da turnê do disco ‘Humanity: Hour I’. Desta vez, a banda traz uma turnê ‘fresquinha’, com canções do disco ‘Rock Believer’, lançado no ano passado e gravado durante a pandemia. “Na pandemia ninguém podia viajar. Nossos planos originais eram ir para Los Angeles, mas decidimos ficar aqui e esse foi o motivo de nós gravarmos o álbum aqui e produzirmos nós mesmos”, disse Matthias, que falava exatamente do Peppermint Park, estúdio onde o disco foi gravado.

“Foi como nos anos 80. Ficamos todos na mesma sala, gravando juntos, produzindo juntos e isso nos deu um álbum Scorpions puro. Por isso as músicas cabem tão bem em nosso set list pros shows”, complementou.

Até aqui, nas apresentações já feitas, tem sido pelo menos cinco músicas do novo disco no set list. “Normalmente as bandas tocam duas músicas novas, ou três, dos novos álbuns. Mas as nossas músicas novas ficam perfeitas junto com os clássicos. A gente pode trocar uma ou outra sem problema nenhum”. Ele inclusive não descartou alguma participação especial dos músicos do Sepultura ou mesmo do Kiss durante o show em Manaus.

“Não conversamos ainda e não fizemos nenhum plano, mas como estaremos na estrada por algumas semanas, podemos planejar alguma coisa”.

Apresentação difícil de ser acompanhada

Acostumados a serem ‘headliners’, ou seja, a atração principal dos shows, o Scorpions desta vez deve se apresentar depois do Sepultura e antes do Kiss. Matthias elenca vantagens por essa disposição das apresentações. “Nós geralmente somos a última banda e já é tarde, o público está cansado de ficar lá o dia todo. O Kiss é uma grande banda e eles merecem ser os headliners, mas eu lembro do último Rock in Rio, em 2019, nós fomos muito bem. Mas já era tarde. Então eu não tenho problemas de tocar antes do Kiss, porque o público está inteiro, e nós somos difíceis de acompanhar”, disse Matthias, em meio a sorrisos. 

E se Kiss e Sepultura tem lá seu arsenal de sucessos, o Scorpions está muito bem servido. Wind of Change, Rock You Like a Hurricane, Send me An Angel, Big City Nights, Always Somewhere são apenas alguns dos muitos sucessos acumulados ao longo de quase 60 anos de carreira. A banda foi fundada em 1965, em Hannover, na Alemanha, e desde então segue empilhando energia nos palcos do mundo afora. 

E para quem pensa que falta motivação para seguir adiante, Matthias, que vai completar 45 anos comandando as guitarras da banda, explica: “nós amamos fazer música. Essa é a nossa maior motivação”, resume ele, que admite os desgastes com as viagens. Mas há uma boa razão para elas. “Ninguém ama viajar tanto, mas para tocar para os nossos fãs, é a maior motivação, principalmente quando você tem um álbum novo que dá para refrescar o repertório”. 

E entre tocar ao vivo e gravar novas canções? Há uma preferência? Matthias é enfático: “A gente ama estar no estúdio, mas nós precisamos do público. A gente sempre prefere, como posso dizer….

Os ingressos para o show estão sendo vendidos  para os seguintes setores: cadeira superior (R$ 230), cadeira inferior (R$ 280), front-stage (R$ 680), camarote premium (R$ 800), camarote monster platinum (R$ 1.500). 

Para adquirir os ingresso físicos, os interessados podem ir até o posto de revenda da Oba Ingressos localizada no Millennium Shopping, de segunda à sábado, das 9h às 21h, domingos e feriados das 14h às 20h.

Ou na bilheteria do Teatro Manauara, de segunda à sábado, das 10h às 22h, domingos e feriados das 14h às 21h. Além disso, é possível comprar de forma online pro site.