Julio Cesar Vieira Gomes, então chefe da Receita, tentou 'carteirada' para liberar joias na reta final do governo Bolsonaro — Foto: Reprodução/Gov.br
1 de 1 Julio Cesar Vieira Gomes, então chefe da Receita, tentou 'carteirada' para liberar joias na reta final do governo Bolsonaro — Foto: Reprodução/Gov.br

Vieira Gomes é quem assinou o despacho que pedia que os auditores da Receita no Aeroporto de Guarulhos atendessem ao pedido de um assessor de Jair Bolsonaro (PL) e entregassem um conjunto de joias avaliado em R$ 16,5 milhões apreendido na alfândega.

Em depoimento à Polícia Federal, Vieira Gomes afirmou que à época em que o pedido foi realizado os bens já pertenciam, de forma definitiva, à União.

Na mesma semana da tentativa de resgate das joias, Bolsonaro nomeou Vieira Gomes para o recém-criado cargo de adido tributário em Paris. O posto foi extinto quando Fernando Haddad assumiu o Ministério da Fazenda.

Tentativa de cargo em São Paulo

No último mês, parlamentares ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentaram emplacar Vieira Gomes no governo de São Paulo. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), entretanto, vetou.

Entre os parlamentares que atuaram em favor de um cargo para o ex-chefe da Receita Federal em São Paulo estão alguns integrantes da bancada evangélica.

Segundo esses políticos, Vieira Gomes é visto como um aliado na busca por anistia a dívidas tributárias, anulação de multas aplicadas pela Receita Federal e ampliação das isenções de impostos para igrejas.