PF tem áudios comprometedores de braço direito de Lira em investigação sobre kit robótica

PF tem áudios comprometedores de braço direito de Lira em investigação sobre kit robótica

 

Gravações obtidas pela PF envolvem o ex-assessor Luciano Cavalcante, considerado braço direito do presidente da Câmara, em um esquema de desvios de recursos do FNDE

Porto Velho, RO - A investigação da Polícia Federal (PF) envolvendo Luciano Cavalcante, ex-assessor e braço direito do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), promete ganhar ainda mais intensidade nos próximos dias.

Segundo a Coluna do Estadão, do jornal O Estado de S. Paulo, existem gravações comprometedoras de conversas entre os suspeitos de envolvimento nos desvios de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), destinados a 43 municípios de Alagoas para a aquisição de kits de robótica para escolas públicas.

Segundo a investigação, a fornecedora do equipamento chegou a cobrar de uma prefeitura R$ 14 mil por produto após comprá-lo por R$ 2.700 em São Paulo. O suposto esquema, de acordo com o inquérito, gerou um prejuízo de ao menos R$ 8,1 milhões para os cofres públicos. A operação da PF foi deflagrada no dia 1 de junho.

De acordo com a reportagem, “no Planalto, a investigação é tratada publicamente com discrição. Mas nos bastidores há alívio. Sem base para controlar o Congresso, o governo estava até agora nas mãos de Lira. A PF tratou de inverter o jogo para o presidente Lula. Ninguém mais acredita que o presidente da Câmara voltará a ameaçar o governo, que agora tem a carta mais alta do jogo nas mãos.”

Nesta semana, a PF enviou a investigação sobre desvios em contratos de kit robótica para o STF (Supremo Tribunal Federal) após encontrar documentos com citações de pagamentos vinculados ao nome "Arthur", em possível referência a Lira. A investigação constatou referência a pelo menos 30 pagamentos a "Arthur", no valor de R$ 650 mil.

Os documentos foram apreendidos em operação da PF em um endereço de Luciano Cavalcante. O assessor, que foi exonerado após a operação da PF, estava lotado na Liderança do PP na Câmara e é conhecido em Brasília como uma das pessoas de maior confiança de Arthur Lira. Ele foi exonerado após a operação de busca e apreensão no âmbito da investigação em contratos de kit robótica.

Fonte: Brasil247

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