A onda de calor em Manaus pode causar uma sensação térmica de até 49ºC até o final desta quarta-feira (23). É o que aponta a previsão meteorológica da ClimaTempo. A temperatura pode chegar até 37º, atingindo seu ápice por volta das 14h. A sensação térmica é diferente da temperatura real, pois ela é a sensação causada de calor, com a combinação entre temperatura, velocidade do vento e umidade. Assim, a impressão atual é que está muito mais quente do que é realmente marcado nos termômetros.
A sensação é ainda mais intensa para a população manauara que precisa enfrentar o calor para tirar o sustento da família. Esse é o caso da comerciante Dalvaci Silva Cunha que tem uma banca próximo ao acesso à balsa amarela do Porto de Manaus.
Segundo Dalvaci, mais conhecida como "Lôra", as vendas aumentaram no período do verão amazônico e o principal produto que tem puxado este crescimento é a água.
Dalvaci Silva Cunha tem uma banca próximo ao acesso à balsa amarela do Porto de Manaus (Foto: Paulo Bindá)
Dalvaci Silva Cunha tem uma banca próximo ao acesso à balsa amarela do Porto de Manaus (Foto: Paulo Bindá)
"Todos os dias chego aqui às 7h e já começo minha rotina de vendas. A gente vende água mineral, refrigerante, cerveja, bombons.Tem saído muita água, estou vendendo umas cinco caixas de água de 600 mL por dia. Consigo tirar até R$ 600 por dia, varia durante a semana. Consigo vender mais no fim de semana com a chegada dos barcos. As pessoas tomam bastante água", conta Dalvaci.
A comerciante explica que para driblar o calor, utiliza camisas com mangas compridas, óculos e bastante protetor solar.
"Tem que vir assim se não você fica todo queimado. Se vier com shortinho vai ficar com a perna toda queimada. Está muito mais quente que ano passado. Trabalho aqui há anos e nunca vi um calor tão intenso como hoje. Nem esfria a noite, você chega em casa, abre a torneira e sente a água quente", declara a comerciante.
Outro profissional que enfrenta o calor diariamente é Mário Monteiro Leal, que realiza serviços de pintura no Centro Histórico de Manaus.
"Começamos às 7h e ficamos até 15h45. Aqui temos duas equipes que reúnem quase 30 profissionais atuando no Centro de Manaus. Começamos desde o Colégio Militar e vamos finalizar as pinturas até o entorno da Manaus Moderna", descreve.
Mário conta que para sobreviver ao calor procura se hidratar várias vezes ao dia. Além de usar o equipamento adequado para enfrentar o Sol.
"Nós somos guerreiros para aguentar esse calor todo. Esse ano o calor está mais intenso. A gente usa camisas com mangas compridas, óculos e protetor solar. Minha garrafa de água aqui já acabou. De meia em meia hora a gente pega uma garrafa de água para se hidratar", pontua Leal.
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