PMs envolvidos em ação que deixou universitário morto em Manaus são afastados das ruas

PMs envolvidos em ação que deixou universitário morto em Manaus são afastados das ruas


Marco Aurélio Winholt Castro, que morreu após ser baleado em Manaus, era aluno da Ufam — Foto: Reprodução/Redes Sociais
1 de 2 Marco Aurélio Winholt Castro, que morreu após ser baleado em Manaus, era aluno da Ufam — Foto: Reprodução/Redes Sociais

O caso aconteceu na noite de sexta-feira (6), na comunidade Raio de Sol, no bairro Cidade Nova, Zona Norte de Manaus.

Depois da morte do estudante, a Polícia Militar do Amazonas (PMAM) informou, em nota, que policiais militares tinham ido ao local após receberem uma denúncia de que homens armados estavam entrando em residências e ameaçando moradores.

De acordo com a polícia, os suspeitos fugiram, quando perceberam a presença dos PMs. "Em seguida, os policiais identificaram um cidadão baleado, prestaram socorro e o conduziram para o Hospital e Pronto-Socorro (HPS) João Lúcio, na Zona Leste, onde a vítima veio a óbito", disse a Polícia Militar, na nota.

A vítima era Marco Aurélio Winholt. De acordo com testemunhas, os PMs efetuaram dois disparos quando chegaram à comunidade, e um deles atingiu as costas do universitário.

Nesta quarta-feira (11), a PMAM afirmou que os policiais envolvidos na ocorrência foram afastados dos serviços nas ruas. Segundo a corporação, as armas deles também foram recolhidas. A polícia ainda não informou de onde partiu o tiro que matou o jovem.

Conforme a PM, um Inquérito Policial Militar (IPM) foi instaurado pelo comando da PMAM para apurar o caso, que também está sendo investigado pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) e acompanhado pela Corregedoria Geral do Sistema de Segurança Pública.

"Um afastamento total das funções dos agentes só poderá ser realizado pela instituição após a finalização do IPM, caso seja comprovada algum tipo de conduta ilícita por parte dos policiais militares", disse a nota.

Marco Aurélio Winholt Castro morreu ao ser baleado, em Manaus — Foto: Reprodução/Redes Sociais

'Futuro promissor'

No domingo (8), Hugo Castro, pai de Marco Aurélio, disse acreditar que o filho foi assassinado. "Um crime cruel, uma vítima", afirmou, ao g1.

Para o pai, o universitário teve um futuro promissor interrompido. "Ele era já MEI [Microempreendedor Individual] com 20 anos. Tinha seu próprio veículo e uma boa conta bancária, e tudo isso honestamente", afirmou.

Marco Aurélio cursava o quinto período de Relações Públicas na Faculdade de Informação e Comunicação (FIC) da Ufam.

De acordo com Hugo Castro, o filho também era proprietário de uma loja virtual de óculos, que agora ficará sob responsabilidade de um irmão da vítima.

O velório do jovem aconteceu no sábado (7). O corpo dele foi sepultado no domingo (8), no Cemitério Parque Tarumã, na Ponta Negra.

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