Veja o que já se sabe sobre o assassinato do galerista americano Brent Sikkema no Rio

Veja o que já se sabe sobre o assassinato do galerista americano Brent Sikkema no Rio



Entre os próximos passos da investigação estão a investigação do celular de Brent. Um motorista que atendeu o galerista já no Brasil relatou a uma amiga da vítima que o americano fez uma chamada de vídeo em seu carro com um rapaz moreno - a polícia quer saber, pelas caracteristicas ditas pelo motorista, se trata-se do suspeito ou de outra pessoa.

A amiga da vítima também que na última vez que viu o galerista ele relatou que teria um encontro nos próximos dias.

Veja o que já se sabe sobre o crime:

Quem é a vítima

Brent Sikkema, de 75 anos, era sócio de uma galeria de arte renomada no bairro de Chelsea, em Nova York.

Os vizinhos descrevem Brent como uma pessoa discreta e contam que quase não conversavam com ele. Ele era dono da galeria de arte contemporânea Sikkema Jenkins & Co. O local foi fundado em 1991 por ele com o nome de Wooster Gardens.

Brent Sikkema foi encontrado morto no Rio — Foto: Reprodução

Sikkema começou a trabalhar com arte em 1971 e abriu a primeira galeria em 1976, na cidade de Boston. Ele era casado e deixa um filho de 12 anos.

Brent não falava português, mas segundo amigos se sentia acolhido no Brasil e vinha ao país para as festas de fim de ano e carnaval.

Como foi o crime

Novas imagens mostram suspeito rondando a casa de galerista americano

Novas imagens mostram suspeito rondando a casa de galerista americano

O galerista foi encontrado morto na segunda-feira (15) dentro de sua casa, no Jardim Botânico, por uma amiga e advogada, que também o ajudava a administrar a casa e funcionários. Brent Sikkema foi morto em casa com 18 facadas — a maioria no rosto e no tórax, segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro.

Segundo a polícia, foi uma ação "premeditada e cruel" . O suspeito esperou o melhor momento para entrar na casa da vítima - câmeras de segurança mostram que um veículo e seu ocupante - a polícia ainda apura se era só uma pessoa - vigiou a casa do galerista durante 14 horas.

O assassino não arrombou a porta para entrar e ficou 15 minutos no imóvel na noite do crime. Câmeras também registraram o momento em que ele retira luvas ao sair da casa do americano.

Onde está a arma do crime ?

A faca utilizada no crime foi encontrada dois dias depois do homicídio, em uma perícia complementar feita na casa de Brent, no Jardim Botânico.

Alejandro Triana Prevez foi preso por morte de galerista — Foto: Reprodução

A polícia está convicta que o crime foi cometido pelo cubano Alejandro Triana Prevez, que está no Brasil desde 2022, morava em São Paulo, onde já trabalhou como motorista de aplicativos e depois como entregador. A polícia sabe que ele conhece o ex-marido de Brent, que também é cubano.

Segundo as investigações, Alejandro veio de São Paulo ao Rio exclusivamente para matar Brent. A polícia conseguiu identificar o veículo usado pelo suspeito no Rio e depois chegou ao endereço de sua proprietária, em São Paulo. O carro tinha sido pedido emprestado por Alejandro com a desculpa de que iria utilizar o veículo para fazer trabalhos de entrega.

O cubano foi encontrado fugindo na BR-050, na madrugada de quinta-feira (18), em Uberaba (MG). Ele estava com 3 mil dólares da vítima.

O suspeito foi identificado após análise de imagens de câmera de segurança e coleta de informações. Segundo a polícia, foi feito um intenso trabalho de inteligência e monitoramento.

Como foi a prisão

A polícia informou que, após o crime, Alejandro fugiu para São Paulo, onde vinha sendo monitorado, e de lá seguiu para Minas Gerais, onde foi encontrado com US$ 3 mil que seriam do galerista.

A BR-050 liga SP a Brasília, passando pelo Triângulo Mineiro. A polícia acredita que o cubano tentava alcançar a fronteira com a Bolívia passando por Mato Grosso.

Em que pé estão as investigações

A polícia está convicta que Alejandro cometeu o crime. Agora, investiga se há mais pessoas envolvidas.

O RJ2 teve acesso ao depoimento da amiga e advogada dele, que foi quem o encontrou morto dentro de casa.

Segundo o depoimento, o galerista chegou ao Brasil com uma quantia de 50 mil doláres, e que havia separado uma quantia de 40 mil doláres, para pagar as despesas anuais e os móveis da residência nova. Ela também falou que Brent estava com uma quantia em torno de R$ 30 mil.

Quando Alejandro foi preso, segundo a polícia, ele estava com 3 mil dólares. A amiga da vítima que encontrou o corpo afirma que deu falta de No cômodo um cordão e de uma pulseira de ouro da vítima, que seriam de valor, além de dinheiro. Na sala, ela reparou que uma caixa de madeira onde mantinha cópias de chaves estava vazia.

O celular e o laptop de Brent não foram levados. 

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