Julgamento de PMs suspeitos de matar colega de farda começa nesta segunda-feira, em Manaus

Julgamento de PMs suspeitos de matar colega de farda começa nesta segunda-feira, em Manaus


Na época do crime, o caso gerou polêmica após o militar ser morto por quatro policiais da Força Tática, chamados colegas de farda.

À Rede Amazônica, a irmã da vítima, Jacinete Souza, falou sobre o que a família espera em relação ao julgamento.

"Hoje para a família Stone é o dia D, o dia da esperança. Enfim, chegou. A gente espera uma justiça justa, que seja através de tudo que está dentro do processo, a gente não quer nada além disso", ressaltou Jacinete.

A irmã de Jancicley ressalta ainda sobre as conclusões dos laudos que comprovariam que nenhuma pólvora foi encontrada nas mãos da vítima e nem na arma portada pelo cabo da PM.

Na época, os suspeitos afirmaram que atiraram contra Jancicley Stone após o militar apresentar resistência na abordagem policial.

"Não houve resistência da parte do meu irmão. Ele foi um guerreiro e é esse orgulho que a gente traz dele também, que saiu lá do Anaconda fugindo desses policiais militares, onde eles acabaram executando ele", afirmou.

O g1 entrou em contato com o Tribunal de Justiça do Amazonas e a Polícia Militar para falar sobre o caso e aguarda retorno.

Relembre o caso

O cabo da polícia militar Jancicley Stone de Souza foi morto com pelo menos 10 tiros na noite do dia 25 de agosto de 2015, na Estrada do Tarumã, Zona Oeste de Manaus. O caso gerou polêmica porque os suspeitos de terem atirado contra o militar são policiais da Força Tática.

Em depoimento, os suspeitos afirmaram ter atirado contra a vítima após ele apresentar uma resistência a abordagem policial.

Por outro lado, a família, também composta por militares, alega que Jancicley foi assassinado friamente e acusa os policiais do grupamento de ter cometido o crime sem motivos agravantes.

Na época, o tenente Renato Bentes, supervisor de área da Força Tática, naquela noite, informou que os motoqueiros estavam em patrulhamento na área do Tarumã quando avistaram um veículo conduzido pela vítima saindo de um ramal conhecido por ser a rota de criminosos. A ação teria chamado atenção dos policiais, que segundo eles, estava sem placa.

Bentes informou que as motocicletas tentaram fazer a abordagem com sinais luminosos e sonoros, mas o cabo Stone se recusou a parar. Logo depois, se iniciou uma perseguição e num trecho, Jancicley teria disparado contra os policiais, que revidaram.

A vítima estava com uma pistola, que comportava 20 munições. Após ser baleado, o militar perdeu o controle do veículo e capotou próximo à ponte improvisada do Exército.

*Com informações de Karla Melo da Rede Amazônica.


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