Lesa Pátria: empresários do DF suspeitos de financiar acampamento bolsonarista em Brasília são presos pela PF

Lesa Pátria: empresários do DF suspeitos de financiar acampamento bolsonarista em Brasília são presos pela PF



"A realização de apurações pelo Estado é considerada válida, e os investigados vêem agora a oportunidade de elucidar completamente as questões em aberto", disse o texto.

Tanto a CPI dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), quanto a CPMI dos Atos Golpistas, do Congresso Nacional, pediram o indiciamento dos empresários.

Joveci Xavier de Andrade

Suspeito de financiar acampamento bolsonarista no DF se contradiz em depoimento

Joveci já foi apontado como um dos financiadores o acampamento bolsonarista que ficava em frente ao Quartel-General do Exército Brasileiro, além de fornecer transporte para radicais que cometeram os ataques.

Ouvido na CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do DF, Joveci negou ter participado dos ataques – mas, ao mesmo tempo, admitiu ter estado no local no momento dos atos de vandalismo.

Adauto Lúcio de Mesquita

Vídeos mostram empresário no acampamento bolsonarista no QG do Exército, em Brasília

Vídeos mostram empresário no acampamento bolsonarista no QG do Exército, em Brasília

Adauto é suspeito de transferir dinheiro para contas bancárias de golpistas, além de pagar o transporte até a Esplanada dos Ministérios no dia dos ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro.

Em relatório da Polícia Civil enviado à CLDF consta que, além de financiar os atos criminosos, Adauto também teria participado ativamente das manifestações golpistas. Em um vídeo divulgado em rede social, conforme investigações, Adauto apresenta um trio elétrico que teria sido alugado para alguma das manifestações e afirma que seria "o maior de Brasília".

Lesa Pátria

Polícia Federal na 25ª fase da operação Lesa Pátria — Foto: PF/Divulgação

O nome dos outros alvos da Polícia Federal não foi divulgados. Segundo a PF, há um mandado de prisão preventiva a ser cumprido em São Paulo e dois no Distrito Federal.

Os sete alvos que devem ser monitorados por tornozeleira eletrônica são do Mato Grosso do Sul (1), Paraná (3), Rio Grande do Sul (1), São Paulo (1) e Minas Gerais (1).

Além disso, os 24 mandados de busca e apreensão são cumpridos em Tocantins (8), São Paulo (6), Mato Grosso do Sul (2), Paraná (3), Rio Grande do Sul (1), Minas Gerais (1), Espírito Santo (1) e no Distrito Federal (2).

Ainda de acordo com a PF, a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes também determina o bloqueio de bens dos investigados – para que, se houver decisão judicial, seja possível ressarcir o patrimônio público pelos danos dos atos golpistas.

O que dizem as defesas

"A defesa de Adauto Lúcio Mesquita e Joveci Andrade não obteve acesso à decisão emitida pelo Senhor Ministro Alexandre de Moraes. Ressalta-se que, desde o início, houve esforços para esclarecer todos os fatos, compromisso que será mantido perante o Supremo Tribunal Federal.

A realização de apurações pelo Estado é considerada válida, e os investigados vêem agora a oportunidade de elucidar completamente as questões em aberto.

Eles reiteram seu compromisso com a democracia, o Estado de Direito, o respeito às Instituições, ao processo eleitoral, ao Ministério Público e ao Judiciário, com especial ênfase na sua instância máxima, o Supremo Tribunal Federal.

O Grupo ao qual Joveci e Adauto são acionistas reitera que é contra o vandalismo e a intolerância política, e acredita que a democracia é feita com pensamentos diferentes, mas jamais com violência. A diretoria do Grupo respeita as Instituições brasileiras, a democracia e o Estado de Direito."

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