Dólar chega a R$ 5,25, ainda com tensões no Oriente Médio e risco fiscal brasileiro no radar; Ibovespa cai

Dólar chega a R$ 5,25, ainda com tensões no Oriente Médio e risco fiscal brasileiro no radar; Ibovespa cai



Já no Brasil, o mercado reflete o anúncio, ontem, de que o governo reduziu a meta fiscal para 2025. Agora, a projeção é de déficit zero no ano que vem, contra superávit projetado anteriormente.

O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em queda.

Veja abaixo o resumo dos mercados.

Dólar

Às 10h20, o dólar subia 1,28%, cotado a R$ 5,2510. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,2520. Veja mais cotações.

No dia anterior, a moeda norte-americana avançou 1,24%, cotada em R$ 5,1847, no maior patamar em um ano.

Com o resultado, acumula altas de:

  • 1,24% na semana;
  • 3,38% no mês; e
  • 6,85% no ano.

Ibovespa

No mesmo horário, o Ibovespa caía 0,83%, aos 124.294 pontos.

Na sexta, encerrou em queda de 0,49%, aos 125.334 pontos.

Com o resultado, acumula quedas de:

  • 0,49% na semana;
  • 2,16% no mês; e
  • 6,60% no ano.

Entenda o que faz o dólar subir ou descer

Entenda o que faz o dólar subir ou descer

O que está mexendo com os mercados?

O mercado segue atento aos desdobramentos dos conflitos no Oriente Médio. No fim de semana, o Irã lançou um ataque de mísseis e drones contra Israel, após um suposto ataque israelense contra a embaixada iraniana na Síria.

Há um esforço diplomático internacional, principalmente dos Estados Unidos e Europa, de conter a escalada das tensões, impedindo que Israel responda ao ataque.

No entanto, o governo israelense prometeu uma retaliação e voltará a se reunir nesta terça para discutir uma resposta. A intenção do governo israelense é realizar uma ofensiva que atinja o território iraniano mas que não seja forte o suficiente para provocar uma nova guerra no Oriente Médio, segundo fontes do gabinete ouvidos pela agência de notícias Reuters.

O Irã disse, depois do ataque, que tratava a questão como encerrada, mas alertou que vai revidar no caso de um novo ataque de Israel.

Neste contexto de incertezas, investidores recorrem aos títulos que são tidos como mais seguros para proteger seu patrimônio. Assim, o dólar ganha vantagem sobre outras moedas, principalmente as de países emergentes, como o Brasil.

Além disso, com os possíveis reflexos da guerra no preço do petróleo - e consequentemente nos combustíveis -, investidores começam a acreditar que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) pode não reduzir suas taxas de juros de maneira significativa neste ano. Atualmente, os juros nos Estados Unidos estão entre 5,25% e 5,50% ao ano.

No cenário doméstico, o destaque continua com o risco fiscal, após a confirmação de que o governo reduziu a meta fiscal e descartou um superávit para 2025.

"Até me explicar aqui: nós não costumamos antecipar os dados da LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias] antes da entrevista oficial, mas vazaram estes dois dados. Eu até me desculpo por estar falando disso antes das 17h que o horário é combinado, mas sim, os dados são esses", disse Haddad.

Além de 2025, as metas devem ser corrigidas para superávit de 0,25% para 2026, 0,5% para 2027 e 1% para 2028. 

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