Acadêmicos de engenharia civil tiveram a oportunidade de conhecer a estrutura portuária
Porto Velho, RO - A
Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (Soph)
rececpcionou discentes de diferentes instituições de ensino superior do
estado, em visita técnica ao Porto de Porto Velho, na sexta-feira (21),
como parte do encerramento do Congresso Estadual de Engenharia e
Agronomia de Rondônia. Uma das palestras do evento foi focada nas
operações portuárias e transporte fluvial, fator que motivou a visita ao
Porto.
Os alunos do curso de engenharia civil tiveram a oportunidade de assistir a uma breve apresentação das aplicações da engenharia no contexto do modal aquaviário, conhecer as operações, explorar o cais flutuante; um diferencial entre os portos da região, e as rampas Roll-on/Roll-off. Também observaram, de perto, os processos de carregamento e descarregamento das balsas e barcaças, enriquecendo o entendimento prático sobre a logística e a engenharia portuária.
DA TEORIA À PRÁTICA
O
professor Guilherme Silveira Simões, que leciona a disciplina Portos e
Hidrovias em uma das universidades participantes do congresso, ressaltou
que, os acadêmicos puderam verificar na prática alguns dos conceitos
apresentados nos conteúdos teóricos, como os carregamentos das balsas,
as amarrações e os tipos de embarques e desembarques que são realizados.
“Foi uma visita muito proveitosa, com aplicação prática, que realmente abriu os olhos dos alunos. Não foi somente uma visita teórica da diversidade que a engenharia tem dentro da área portuária. Que isso abra novos horizontes para melhoria da empregabilidade dos estudantes, e até mesmo, sirva para visualização de oportunidades de empreendimento dentro do setor portuário de operações, relacionadas aos portos”, destacou o docente.
Os acadêmicos observaram os processos de carregamento e descarregamento das balsas e barcaças
A
acadêmica do 9º período de engenharia civil, Érica Cristina dos Santos
Bueno, pontuou acerca da visita. “Minha expectativa pessoal era descer
até o cais. Para mim seria perfeito, só que foi bem além. Com a visita
técnica vi como funciona toda a operação. O fiscal da Soph tirou as
dúvidas que tínhamos, sobre como a engenharia pode trabalhar na área
portuária. Muita gente que faz engenharia civil acredita que só tem um
ramo para seguir, que é o da construção, predial, e esquece que o curso
tem outros ramos. Acredito que isso fez abrir os olhos de muitos alunos.
Foi bem interessante, foi bacana, foi leve, nos proporcionou bastante
aprendizado.”
ALTERNATIVAS DE FORMAÇÃO
Acompanhando a
excursão, estava o fundador da instituição que concebeu o evento, Nélio
Alencar, que destacou a relevância dessas experiências na formação dos
alunos: “É importante para o mercado de trabalho e para a engenharia do
estado de Rondônia, para fomentarmos a formação de engenheiros navais,
de segurança do trabalho ou ambiental, e criarmos interesse na
especialização nessas áreas”.
Alencar convidou o palestrante e engenheiro civil Maurício Villar, do Rio de Janeiro, que sugeriu o tema devido ao conhecimento e atuação em portos marítimos, e também pelo crescente interesse em alternativas verdes para o transporte de cargas, como evidenciou. “A navegação fluvial está ligada à preservação, medição de níveis, sinalização e o combate à degradação das margens dos rios, além de oferecer um menor preço, o que interessa muito aos estados onde o escoamento se dá pelas bacias.”
INTERCÂMBIO DE CONHECIMENTOS
Reforçando
o compromisso do Porto com a educação e a formação profissional de
qualidade, o presidente do Porto de Porto Velho, Fernando Parente,
enfatizou a importância de iniciativas como essa para a formação dos
futuros engenheiros. “Nossas portas estão sempre abertas para fomentar o
conhecimento e promover o intercâmbio de saberes, aproximando os
estudantes das realidades e desafios do setor portuário e do transporte
fluvial. Esperamos que os acadêmicos tenham tido uma experiência
enriquecedora, com uma compreensão mais profunda das operações
portuárias, suas complexidades e seu potencial para contribuir com o
desenvolvimento econômico e ambiental de nossa região.”
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