Gastos com “missões” (deslocamento de policiais penais para recapturas) ultrapassam 300 mil reais por mês
Em menos de um mês, conforme a imprensa rondoniense vem divulgando, o sistema prisional, sob responsabilidade da Secretaria Estadual de Justiça (Sejus), registrou mais uma fuga na madrugada deste domingo (29).
Agora foi no Centro de Reabilitação de Ariquemes (CRA – B06), presídio campeão de fugas, com a serragem de grades, de novo. E até o momento, confirma-se a fuga de pelo menos dois apenados: Luan Fernandes dos Santos e Natalino Filho Barbosa da Silva.
Cofres do Estado sangram
Fora a preocupação da população com criminosos de alta periculosidade que conseguem voltar às ruas de forma simples, ainda há o gasto público gigantesco para tentar recapturá-los.
“O Governo já gastou um dinheiro violento com concertinas. Pode ver que nas unidades prisionais estão de baixo acima com esse material. Ainda há as chamadas missões, que são os deslocamentos de policiais penais para Ariquemes, onde é mantido desde quando esse presídio foi inaugurado. É uma coisa que sangra os cofres públicos”, indica um policial penal que atua no CRA.
E ele continua: “A gente já tinha comentado com a imprensa que a tendência é aumentar daqui até dezembro. Depois que a mídia divulgou dias atrás, já teve três fugas e muitas tentativas fracassadas”.
Enxugando gelo
A informação apresentada por sindicalizado da categoria (Singeperon) indica que já teve ocasião de 42 policiais penais sendo deslocados mensalmente até Ariquemes para integrar o efetivo naquele presídio, com custo mensal de mais de 300 mil reais. O valor gasto é baseado apenas nos valores das diárias, número total de pessoas envolvidas e tempo de permanência.
Sem falar nos danos, que geralmente as reformas custam 100 mil por evento de fuga, custos de recapturas, medo nas ruas e aumento da criminalidade.
Essa análise reforça a necessidade de abordagens eficazes para minimizar as fugas e seus resultados negativos
0 Comentários