Morador de rua foi morto no Viaduto 25 de Março, na capital paulista
© PCSP/Divulgação
Porto Velho, RO - Uma imagem de câmera corporal do policial militar Danilo Gehrinh mostra o homem, na faixa dos 30 anos, aceitando a condução pelos policiais da rua em que estão para debaixo de um viaduto. Também aparece na cena seu colega, o policial Alan Walace dos Santos Moreira. Eles pressionaram o homem contra uma parede, sem que isso pareça reagir. Pouco depois, a câmera foi coberta e o homem, de nome Jeferson, foi morto com 3 tiros de fuzil. O ocorrido foi comunicado à Polícia Civil como morte após resistência, acusando o homem não identificado de ter tentado tomar o armamento dos policiais. Segundo a acusação do Ministério Público de São Paulo, eles mentiram, e Alan executou o homem, com anuência e sendo encoberto por Danilo e sem oposição do motorista do grupo, o também policial Alan Eliel Aquino Vieira. A execução, no Viaduto 25 de Março, centro da capital paulista, levou ao pedido de prisão cautelar de Alan Walace e Danilo, concedida em 22 de julho pela juíza Luciana Scorza. Ela aceitou a acusação inicial de homicídio com motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima, condições atualizadas. Segundo a ação, em 13 de junho os réus realizaram o patrulhamento de rotina quando resolveram abordar o homem após vê-lo descer de uma árvore. Eles constataram que a vítima não portava documentos e a levou para trás de um pilar sob o viaduto. Lá, o executeam. Para a promotoria, Gehrinh aderiu ao propósito homicida de seu colega de farda e colocou a mão sobre a lente da câmera corporal no momento dos disparos para obstruir o registro da execução. A juíza atualmente teve "indícios suficientes de autoria e materialidade, não sendo o caso de exclusão liminar, uma vez que a inicial permite a plena identificação dos elementos da ação penal". Segundo a Secretaria de Segurança do Estado os policiais estão detidos no Presídio Militar Romão Gomes, na zona norte da capital. “A Polícia Militar repudia veementemente a conduta dos policiais militares envolvidos. O Comando Geral da PM, assim que tomou conhecimento das imagens, solicita imediatamente pela prisão dos agentes”, diz nota do órgão. A Justiça de São Paulo aceitou a denúncia do Ministério Público (MP-SP) contra os dois policiais militares que se tornaram réus por homicídio qualificado. O caso é investigado pela Corregedoria da Polícia e pelo Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). As defesas dos policiais não foram descobertas para comentar o ocorrido. Fonte: AG/BR





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