Pedido
será analisado pelo ministro Alexandre de Moraes e busca equiparar
lideranças políticas a familiares, advogados e médicos
Porto Velho, RO - A
defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro protocolou nesta sexta-feira
(5/9) um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para que Bruno Scheid,
vice-presidente do PL em Rondônia e pré-candidato ao Senado em 2026,
tenha acesso contínuo à residência do ex-presidente em Brasília, onde
ele cumpre prisão domiciliar.
O requerimento, assinado pelos advogados Celso Vilardi, Paulo Amador da Cunha Bueno e Daniel Bettamio Tesser, foi encaminhado ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes no âmbito da Ação Penal 2668.
A defesa argumenta que, além da posição política de Scheid, ele mantém estreita amizade com Bolsonaro e sua família, o que justificaria a autorização. O documento ainda aponta que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro tem enfrentado dificuldades para conciliar compromissos profissionais com os cuidados ao marido, reforçando a necessidade de apoio de aliados próximos.
O pedido
solicita que Scheid tenha livre ingresso na residência, sem necessidade
de autorização judicial caso a caso, nos mesmos moldes de familiares,
advogados e médicos.
Apoio público e ligação política
Bruno Scheid já demonstrou apoio público a Bolsonaro em diversas ocasiões. Em agosto, publicou em suas redes sociais uma foto do ex-presidente com tornozeleira eletrônica, escrevendo:
“Não é fácil ver essa imagem, imagina fazê-la. O meu coração está aos cacos, mas a minha vontade de lutar por esse homem só aumenta.”
A postagem foi feita após ele acompanhar Bolsonaro em casa durante manifestações realizadas em São Paulo, mas acabou sendo apagada.
Além disso, o nome de Scheid já havia sido incluído em requerimentos anteriores apresentados pela defesa, que também solicitou acesso contínuo para outras lideranças do PL, como o senador Rogério Marinho, os deputados Altineu Côrtes, Carol de Toni e Sóstenes Cavalcante, e o presidente do partido, Valdemar Costa Neto.
Regras atuais
Atualmente,
Bolsonaro só pode receber familiares, médicos e advogados sem
autorização judicial. Para visitas de aliados e amigos, como Scheid, é
necessária decisão específica do Supremo.
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