Policiais sob o comando de Cláudio Castro voltaram às ruas após a ação que resultou em mais de 120 mortes

Blindados e viaturas usadas pela Polícia Militar do Rio de Janeiro em nova fase da Operação Contenção, realizada em 19 de novembro de 2025. Foto: Reprodução/Redes Sociais
Porto Velho, RO - Pelo menos duas pessoas morreram em uma operação policial na Vila Kennedy, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira 19. Outras duas pessoas ficaram feridas em confronto, segundo o balanço parcial da operação.
A ação desta quarta é um desdobramento da Contenção, operação que resultou em mais de 120 mortes no Alemão e na Penha no final de outubro. O caso é investigado no âmbito da ADPF das Favelas, no Supremo Tribunal Federal.
Dessa vez, as polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro, sob o comando de Cláudio Castro (PL), alegam mirar envolvidos com roubos e desmanches de veículos. O esquema seria um dos braços financeiros do Comando Vermelho (CV), facção que é o principal alvo da operação Contenção.
A ação desta quinta também tenta desmontar uma base usada pela organização criminosa para expansão territorial. A Vila Kennedy, segundo os investigadores, seria um ponto central na disputa pelo controle da Zona Oeste com a milícia e facções rivais.
Oito presos
Segundo a Polícia Civil, oito pessoas foram presas nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira. O balanço parcial, divulgado por volta das 7h30, também confirma a apreensão de dois fuzis e uma pistola.
Em nota, a corporação também diz ter encontrado “grande quantidade de drogas” em uma escola. “[Isso] demonstra a prática recorrente da facção de utilizar escolas como bunkers para ludibriar a ação das forças de segurança”, diz o comunicado.
Ônibus afetados
Com o andamento da operação desta quarta, pelo menos 25 linhas de ônibus que circulam no Rio de Janeiro foram afetadas.
‘Mentor das barricadas’
Na terça, a Polícia do RJ já havia feito uma nova fase da operação contra o CV. A ação prendeu 16 pessoas, entre elas o homem apontado como ‘mentor das barricadas’.
Dono de empresas de reciclagem, Cosme Rogério Ferreira Dias, seria o principal financiador da construção dos obstáculos usados pela facção para impedir a circulação nas comunidades dominadas. Ele também usava as empresas para lavar dinheiro do crime, segundo os investigadores.
Fonte: Carta Capital



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