Operação da PF mira envolvidos em plano para resgatar Marcola, líder do PCC, na penitenciária federal de Porto Velho

Com base em informações sobre um possível plano de resgate de líderes de organização criminosa presos nas penitenciárias federais de Brasília e de Porto Velho, a Polícia Federal e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) deflagraram nesta terça-feira (10) a Operação Anjos da Guarda.

Pelo menos quatro advogados foram presos, suspeitos de envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Os defensores foram alvos da Operação, que desmantelou o plano de resgate de líderes da facção presos nas Penitenciárias Federais de Brasília e Porto Velho. Entre eles, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, que foi transferido de Brasília para a capital de Rondônia em março deste ano.

O desmantelo do plano de resgate conta com a participação de 80 policiais federais, que estão cumprindo 11 mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal; em duas cidades do Mato Grosso do Sul (Campo Grande e Três Lagoas); e em três municípios paulistas (São Paulo, Santos e Presidente Prudente).

Segundo a PF, o plano contava com uma rede de comunicação estabelecida com advogados, que extrapolavam suas atividades legais ao transmitir tanto as cobranças dos custodiados quanto o retorno de mensagens dos criminosos envolvidos no resgate.

Além da tentativa de resgate dos presos, o grupo pretendia implementar outras ações, como o sequestro de autoridades, na tentativa de viabilizar a soltura de criminosos.

“Para organizar as atividades ilícitas, os investigados se valiam dos atendimentos e das visitas em parlatório, usando como códigos para a comunicação situações jurídicas que, comprovadamente, não existiam de fato”, informaram os investigadores.