Conecte SUS completa dez dias fora do ar após ataque hacker

Conecte SUS completa dez dias fora do ar após ataque hacker

Brasileiros ainda estão com dificuldade para emitir o comprovante da vacina contra o coronavírus no aplicativo do Ministério da Saúde

Aplicativo segue fora do ar dez dias após ataques cibernéticos ao Ministério da Saúde

Aplicativo segue fora do ar dez dias após ataques cibernéticos ao Ministério da Saúde

REPRODUÇÃO

O aplicativo Conecte SUS segue fora do ar dez dias após o ataque hacker aos sistemas do Ministério da Saúde. A ferramenta reúne dados de saúde dos brasileiros, inclusive sobre a vacinação contra a Covid-19. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse na quinta-feira (16) que o problema seria resolvido até o fim de semana

A pasta ainda não divulgou nova data para restabelecer o sistema, mas comunicou, nesta segunda-feira (20), que finalizou o processo de recuperação dos registros dos brasileiros vacinados contra a Covid-19. De acordo com a Saúde, todos os dados foram recuperados com sucesso.

"O Ministério da Saúde informa que está trabalhando, sem medir esforços, para restabelecer o mais rápido possível os sistemas para registo e emissão dos certificados de vacinação", informou.

O primeiro ataque hacker aconteceu na sexta-feira (10) e deixou indisponível o e-SUS Notifica, o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI) e o Conecte SUS.

Na madrugada de domingo (12) para segunda-feira (13), um novo ataque comprometeu e-mails, telefones e a intranet do Ministério da Saúde. Funcionários chegaram a ser dispensados do trabalho, e a PF (Polícia Federal) foi acionada para investigar a invasão.

O grupo chamado Lapsus$ reivindica a autoria dos ataques cibernéticos. Na mensagem deixada pelos hackers, havia um pedido de resgate pelas informações armazenadas — um tipo de ataque chamado ransomware, em que o invasor insere em um sistema um código malicioso que torna os dados desse sistema inacessíveis, geralmente por meio de criptografia.

A principal característica desse tipo de ataque é que os crackers – nome utilizado para designar pessoas que têm conhecimentos de informática e os utilizam para fins de ataques – solicitam resgate para que os donos dos dados tenham as informações de volta.

Viagens para o exterior

Para os brasileiros que estão com viagem para o exterior agendada nos próximos dias, o Ministério da Saúde disse que enviou um comunicado aos países que receberão voos do Brasil informando sobre a indisponiblidade temporária do Certificado Nacional de Vacinação Covid-19 em formato digital.

Nesse caso, a Carteira Nacional de Vacinação no formato físico pode ser um dos documentos utilizados para comprovar a imunização.

O ministério também disponibiliza a lista de estados e municípios com aplicativos próprios para a emissão do certificado digital. Entre os estados que prestam o serviçõ estão o Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte e São Paulo.

Série de ataques hackers

O site do Ministério da Saúde não foi o único a sofrer ataque de hackers. A CGU (Controladoria-Geral da União) e a PRF (Polícia Rodoviária Federal) também tiveram sistemas invadidos. Eles usam o mesmo serviço de computação em nuvem que é operado pela empresa Primesys, subsidiária da Embratel.

A CGU informou que não houve perda de dados já que o órgão conta com backup. Na PRF, o incidente de segurança provocou indisponibilidade de alguns sistemas, entre eles o SEI (Sistema Eletrônico de Informações), mas não houve vazamento de dados. 

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