O Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado de Rondônia – Sindsef/RO realizou na tarde de quinta-feira (24/03), reunião ampliada para informar sobre os indicativos de greve da campanha salarial que reivindica a reposição de 19,99%, referente ao atual governo, ouvir os delegados de base, os representantes de todas as categorias e definir as melhores estratégias de luta. O presidente do Sindsef/RO, Mário Jorge Souza de Oliveira afirmou que o sindicato está preparado para contribuir com o movimento de mobilização em Brasília.
“Estamos em estado de guerra. Quando assumi o Sindsef em 2020, teve uma coisa que jamais deixaria de fazer, que é recolher 5% do fundo de reserva para luta sindical. Temos recurso para mandar caravanas à Brasília, porém, estamos discutindo a melhor forma de fazer – lá”, explicou Mário Jorge ao encerrar a reunião.
Após ouvir a base, o encaminhamento sobre as alternativas de deslocamento de caravanas, a organização de atividades do movimento grevista dentro do estado de Rondônia e/ou a contribuição do Sindsef para o deslocamento de estados mais próximos de Brasília, a decisão será definida nesta sexta-feira (25/03), em reunião da Diretoria Executiva, conforme rege o Estatuto da Entidade.
Durante a reunião, o secretário geral do Sindsef/RO, Abson Praxedes, juntamente com os diretores Almir José (Saúde), Reneide Martins (Meio Ambiente) e Pedro Vilson (Administração) que estiveram na última na semana em Brasília, informaram sobre a avaliação do movimento sindical e o andamento da campanha salarial.
Na reunião, os servidores federais foram alertados de que este é um momento muito importante, pois se não houver concordância do Governo Federal sobre a recomposição, a possibilidade de negociação somente poderá ser feita em 2024, em atenção a legislação eleitoral.
No dia 16/03, as representações da Condsef/Fenadsef e do Fórum reuniu todas as confederações e deu intimado ao Governo Federal, anunciado que caso não houvesse resposta até o dia 23 de abril, seria iniciado movimento grevista. Em resposta à vigília permanente das entidades sindicais em Brasília, enfim, no último dia 22/03, representantes do Ministério da Economia aceitaram a receber a comissão, porém com a alegação de que não há espaço no orçamento da União para conceder reajuste.
“Nossa representação fez com firmeza esse diálogo inicial. Não houve contraproposta e o Governo ficou de dar uma resposta até dia 1 de abril, se vai abrir para diálogo ou não”, destacou Abson Praxedes ao observar que dia 4 de abril é a data máxima para comunicar o orçamento ao Congresso.
Relembre as conquistas das últimas greves:
Em 2009 – fruto de diálogo com a mesas de negociação, o movimento sindical conquistou a incorporação da GAE (representante aumento de 283%) no vencimento básico;
Em 2012 – greve de 70 dias resultou em reajuste de 15% sobre as gratificações para os servidores que estavam na ativa;
Em 2015 – greve de 60 dias conquistou reajuste linear no vencimento básico de 10,5%, em duas parcelas incorporação da GAE ao vencimento e a paridade de servidores ativos e aposentados.
O Movimento sindical é importante e dá resultados!
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