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O Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) informou nesta segunda-feira que o governo federal zerou as contas dos instituos federais. As escolas ainda contabilizam o tamanho do bloqueio que, por conta da proximidade do fim do ano, deve virar corte, avaliam os dirigentes.
Este ano, a rede já perdeu R$ 168 milhões em julho. Na vésperas da eleição, o MEC chegou a realizar um bloqueio de R$ 147 milhões e, dias depois, liberou o orçamento após uma intensa repercussão negativa.
As universidades também tiveram novos bloqueios. Segundo a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), a estimativa é que a rede federal perdeu R$ 244 milhões, que se somariam com os mais de R$ 400 milhões cortados em junho. Só a UFRJ perdeu R$ 9 milhões.
— A situação é muito grave. Se o bloqueio não for revertido, não teremos como pagar os salários de cerca de 900 profissionais extraquadros que complementam a mão de obra do Complexo Hospitalar e da Saúde da UFRJ, que conta com nove unidades, entre eles o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, o maior do estado do Rio em volume de consultas ambulatoriais, e a Maternidade Escola da UFRJ, terceiro maior centro do planeta no tratamento da doença trofoblástica gestacional, um tipo de tumor que pode evoluir para o câncer de placenta — aponta. — Além disso, o novo bloqueio afeta cerca de R$ 2 milhões que seriam investidos na conclusão de módulos laboratoriais do Museu Nacional/UFRJ.
Os bloqueios são feitos no orçamento discriminado, aquele na qual o governo federal consegue cortar porque não são gastos obrigatórios — como salários e aposentadorias.
No entanto, essa verba é fundamental para o funcionamento das universidades. É com ela que se paga contas de água, luz, segurança e manutenção, além de investimentos em pesquisa, bolsas e auxílios a estudantes carentes.
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