Operação em Rondônia prendeu duas lideranças dos atos violentos após eleição; dois estão foragidos

Foram presos neste sábado (17), dois dos quatro alvos da Operação Eleutéria, desencadeada pela Polícia Federal (PF) e o Ministério Público de Rondônia (MPRO) para desarticular associação criminosa responsável por atos violentos após a eleição presidencial de outubro. A base do bando era Colorado do Oeste. A PF não informou nomes e disse que há dois foragidos.

Segundo informou a PF e o MP em nota, a associação criminosa era composta por empresários, produtores rurais e um policial militar da reserva, constituída para a prática de crimes contra a liberdade pessoal e contra as relações de consumo, entre outros.

As investigações tiveram início em novembro de 2022, após serem ouvidos diversos comerciantes, caminhoneiros e autônomos que foram constrangidos pelos líderes da manifestação realizada na cidade de Colorado do Oeste por grupo de pessoas inconformadas com o resultado da eleição nacional.

Foram identificados constrangimentos ilegais, coação no curso do processo contra servidores públicos, pessoas impedidas de trafegar (ir e vir) ou obrigadas a aderir ao movimento. Além disso, foram relatadas diversas situações de pessoas obrigadas a fechar o comércio como forma de apoio à manifestação e pessoas que não puderam abastecer seus veículos livremente, vez que o grupo impediu a passagem de caminhões tanques na cidade, assim como chegou a limitar a quantidade de combustível a ser abastecido por pessoa.

No curso da apuração, foi constatado que comerciantes foram obrigados a demonstrar apoio à manifestação. Também se evidenciou que pessoas tiveram seus caminhões retidos na manifestação, em alguns casos, por vários dias. Outros cidadãos chegaram a ser alertados a não voltar mais na rodovia sentido Vilhena, pois seriam impedidos de passar se não aderissem ao movimento.