Manifestantes quebraram janelas ao invadir o Palácio do Planalto, protagonizando cenas que lembram a invasão do Capitólio dos EUA em janeiro de 2021.  — Foto: Getty Images via BBC
1 de 2 Manifestantes quebraram janelas ao invadir o Palácio do Planalto, protagonizando cenas que lembram a invasão do Capitólio dos EUA em janeiro de 2021. — Foto: Getty Images via BBC

Manifestantes quebraram janelas ao invadir o Palácio do Planalto, protagonizando cenas que lembram a invasão do Capitólio dos EUA em janeiro de 2021. — Foto: Getty Images via BBC

O interventor de Segurança Pública no Distrito Federal, Ricardo Cappelli, determinou a exoneração de 13 servidores da Secretaria de Segurança Pública do DF que estavam atuando no domingo (8), durante a invasão às sedes dos três poderes, em Brasília, e que foram nomeados pelo ex-secretário Anderson Torres.

A medida foi publicada em uma edição extra do Diário Oficial do DF, nesta terça-feira (10). Na mesma publicação, novos nomes foram nomeados para os cargos que ficaram vagos.

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Entre as trocas, está a do ex-comandante-geral da Polícia Militar do DF Fábio Augusto Vieira, preso nesta terça-feira, após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de MoraesKlepter Rosa Gonçalves assume o cargo.

Em uma rede social, Cappelli se manifestou sobre o assunto. "Vamos procurar restabelecer no comando do órgão a equipe que comandou com sucesso a operação de segurança da posse do presidente", afirmou.

Para o interventor federal, houve um vácuo no comando a partir da nomeação de uma nova equipe para a pasta. "Até porque o secretário de Segurança sequer estava no comando", declarou Cappelli, em referência ao fato de que Anderson Torres estava fora de Brasília, em viagem de férias, no dia dos atos de terrorismo.

"O fundamental na intervenção foi retomar a linha de comando e autoridade sobre as forças de segurança do DF. Acho que tem responsabilidades graves e vamos apurar todas. Vamos até as últimas consequências [para] apurar as responsabilidades", afirmou Cappelli.

Veja o nome das pessoas exoneradas:

  • Coronel Fábio Augusto Vieira
  • Coronel Jorge Eduardo Naime Barreto
  • Coronel Paulo José Ferreira de Souza Bezerra
  • Coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues
  • Tenente-coronel Clovis Eduardo Condi
  • Major Gustavo Cunha de Souza
  • Major Igor Mendes Ferreira
  • Major Gizela Lucy Teixeira Barros
  • Marcos Paulo Cardoso Coelho da Silva - chefe de gabinete
  • Delegada da PF Marília Ferreira de Alencar - subsecretária de inteligência
  • Delegado da PF Fernando de Souza Oliveira - secretário executivo
  • Patrícia dos Santos Moreira - assessor especial do gabinete do secretário
  • Ricardo Borda D'Água de Almeida Braga - subsecretário de ensino e gestão de pessoas

Prisão de Anderson Torres

Anderson Torres — Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Nesta terça-feira, o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça Anderson Torres. Viaturas da Polícia Federal foram vistas em frente à casa dele, em Brasília.

O pedido de prisão de Torres, acolhido por Moraes, foi feito pela PF. O ex-ministro está de férias em Orlando, nos Estados Unidos, mesma cidade onde está Bolsonaro. Ele afirmou que vai interromper a viagem e se entregar. A expectativa é que Torres retorne ao Brasil nesta quarta-feira (11).

"Hoje (10/01), recebi notícia de que o Min Alexandre de Moraes do STF determinou minha prisão e autorizou busca em minha residência. Tomei a decisão de interromper minhas férias e retornar ao Brasil. Irei me apresentar à justiça e cuidar da minha defesa", declarou Torres em uma rede social.

"Sempre pautei minhas ações pela ética e pela legalidade. Acredito na justiça brasileira e na força das instituições. Estou certo de que a verdade prevalecerá", declarou.

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