O senador Jean Paul Prates (PT-RN), indicado para o comando da Petrobras, durante sessão no Congresso — Foto: Roque de Sá/Agência Senado
1 de 1 O senador Jean Paul Prates (PT-RN), indicado para o comando da Petrobras, durante sessão no Congresso — Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Mudança na política de preços

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defende desde a campanha eleitoral modificar a política de preços praticada pela Petrobras.

Atualmente, a empresa se baseia no Preço de Paridade Internacional (PPI), que consiste em vender a gasolina e o diesel pelo mesmo preço que eles são vendidos no resto do mundo.

O modelo era criticado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por facilitar altas nos preços conforme as oscilações do dólar e do barril de petróleo no mercado internacional.

Segundo Prates, mudanças na política ainda serão discutidas por diferentes atores e envolverão ações do governo, mercado e da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Ele entende que o modelo deve levar em conta a produção nacional de combustíveis.

"Todo preço vai ser vinculado internacionalmente de alguma forma. Há diferença entre PPI, paridade de importação, e paridade internacional. Uma coisa é você ter o internacional como referência, outra coisa é você se guiar por um preço de uma refinaria estrangeira, mais o frete até chegar aqui. Paridade de importação é o que para nós não faz muito sentido em alguns casos", disse.

Prates afirmou que os combustíveis terão preço do "mercado brasileiro".

"Ele é composto parte importado e parte nacional. A gente tem que ter um preço que reflita o fato de a gente produzir no Brasil. É só isso", afirmou.

O senador é a favor de uma política regionalizada dentro do Brasil para o preço dos combustíveis, porém o tema ainda será debatido no Conselho Nacional de Política Energética.