Posto de saúde improvisado: voluntários mostram situação de ONG que recebe vítimas de enchente em São Sebastião

Posto de saúde improvisado: voluntários mostram situação de ONG que recebe vítimas de enchente em São Sebastião

Assessora jurídica do instituto Verdescola disse que a situação era desesperadora, e que a missão da ONG era ajudar a salvar vidas e socorrer as famílias da região.

Por g1

Posto de saúde montado às pressas para atender vítimas da Barra do Sahy

Posto de saúde montado às pressas para atender vítimas da Barra do Sahy

Enfermeiros voluntários relataram à repórter Danielle Zampolline, do Profissão Repórter, a situação do Instituto Verdescola, na Barra do Sahy, que foi transformada em um posto de saúde e centro de atendimento a sobreviventes, neste domingo (19). Salas de aula abrigavam 24 corpos.

"Nós começamos a fazer a triagem das vítimas, e classificamos as vítimas em vermelho, amarelo e verde, conforme a sua gravidade", disse um enfermeiro voluntário no domingo.

Ele mostrou uma ala onde eram atendidas vítimas com trauma de face, lesão pulmonar e traumatismo craniano.

A repórter Danielle Zampolline registrou o momento em que uma criança chegava para atendimento: ela estava numa porta que foi transformada em maca.

Fernanda Carbonelli, assessora jurídica do instituto Verdescola, disse que, na manhã desta segunda-feira (20), ainda eram feitos atendimentos a feridos leves no local.

"Nós conseguimos, graças a uma equipe muito aguerrida, fazer as últimas remoções de feridos. Há muitos desabrigados, a situação é bem desesperadora. O tempo está instável e a nossa encosta tem risco. Estamos extremamente aflitos. Nosso foco é salvar vidas e socorrer famílias."

A ONG também fez o cadastro das famílias desabrigadas, e o local recebeu doações de alimentos.

Dobro de chuvas esperado para o mês

São Sebastião é a cidade mais atingida pelas fortes chuvas. Ao menos 40 desaparecidos, sendo 36 moradores da Barra do Sahy e outros quatro de Juquehy. Também há centenas de pessoas desalojadas e desabrigadas. Entre as vítimas da tragédia, ao menos quatro são crianças.

Os reforços para socorrer os moradores estão sendo levados em aeronaves, por conta dos vários pontos de interdições em rodovias e pelo risco de novos deslizamentos.

As equipes de resgate continuam as buscas por sobreviventes. Na costa sul de São Sebastião, onde a situação é crítica, moradores ficaram ilhados e aguardam a chegada de doações e atendimento médico.

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