Ex-prefeito de Porto Velho (PSB) comenta colapso da coleta em 2025, cobra posição oficial da prefeitura e cita economia de R$ 800 mil/mês alcançada em sua gestão ao reorganizar contrato e fiscalizar serviços.
Porto Velho, RO — Em meio à crise do lixo que afeta Porto Velho em 2025, o ex-prefeito Mauro Nazif (PSB) se manifestou publicamente, no grupo de WhatsApp Informativo RO, cobrou transparência da prefeitura e relembrou as medidas que adotou em 2013 para normalizar a coleta na capital.
Segundo ele, a solução passa por liderança direta do prefeito, revisão contratual, atuação dos órgãos de controle e tolerância zero com irregularidades.
Destaque da fala de Mauro Nazif:
“Pessoal, é a primeira vez que escrevo nesse grupo. Entendo que cada um pode e deve se manifestar da maneira que achar melhor. Eu lidei com essa questão e vou falar como Assunto: Lixo! Tenho visto vários debates de ambos os lados e até o momento a prefeitura, de forma oficial, que saiba, não se manifestou. Lembro quando assumi a prefeitura, em 2013, uma das grandes dificuldades que o município passava era referente à coleta de lixo.
No centro e bairros mais privilegiados a coleta era feita duas vezes na semana, enquanto nos bairros mais distantes uma coleta ocorria entre 7 a 10 dias.
O contrato entre a prefeitura e a empresa coletadora de lixo regia que, independente da localidade, a coleta seria de três dias na semana. Como prefeito chamei a PGM (Procuradoria Geral do Município), a CGM (Controladoria Geral do Município) e a SEMUSB para tratarmos da questão.
Resumindo, em poucos dias a empresa passou a coletar três vezes na semana em todos os bairros e, somando-se a isso, aquilo que era cobrado e recebido pela empresa era algo em torno de R$ 2.000.000,00/mês.
Passamos a pagar R$ 1.200.000,00/mês.
Economia para o município de algo em torno de R$ 800.000,00/mês.
Concluindo, o prefeito tem que colocar a cara, chamar para si a responsabilidade e não pode ter propina na negociação (não estou falando que tenha).”
Crise do lixo em 2025: cobrança por resposta oficial
- Nazif afirma que falta um posicionamento claro da prefeitura sobre a atual paralisação/irregularidade da coleta. Para ele, a gestão deve apresentar de imediato o plano de contingência, o status do contrato com a empresa responsável, prazos de normalização e a atuação dos órgãos de fiscalização municipal.
- O ex-prefeito aponta que a desigualdade na prestação do serviço — bairros atendidos com mais frequência e periferias com longos intervalos — é inadmissível, já que o contrato prevê periodicidade uniforme.
Como foi a solução em 2013, segundo Nazif
- Auditoria e endurecimento contratual: convocação imediata da PGM, CGM e SEMUSB para verificar o que estava contratado e o que era efetivamente entregue.
- Padronização da coleta: cumprimento de três coletas por semana em todos os bairros, inclusive os mais distantes.
- Redução de custos: revisão dos pagamentos, de cerca de R$ 2 milhões/mês para R$ 1,2 milhão/mês, com economia aproximada de R$ 800 mil mensais ao município.
- Liderança política: intervenção direta do prefeito e monitoramento contínuo, sem espaço para vantagens indevidas. “Não pode ter propina na negociação”, frisa.




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