Rebanho rondônia; bovinos rondônia; bois rondônia — Foto: Governo de Rondônia/Divulgação
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Rebanho rondônia; bovinos rondônia; bois rondônia — Foto: Governo de Rondônia/Divulgação

O governo chinês suspendeu o embargo à importação de carne bovina produzida no Brasil, informou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Em Rondônia, os danos foram consideráveis, apontam especialistas.

Segundo o Ministério da Agricultura, a suspensão é válida para animais abatidos a partir desta sexta-feira (24). A decisão foi informada pelo governo brasileiro três dias antes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarcar para a China.

Rondônia é o sexto maior exportador de carne bovina para a China, no Brasil. Com o embargo de 29 dias, desde o primeiro caso da vaca louca ser confirmado no Pará, a economia do estado sofreu graves danos. Em fevereiro deste ano, o bloqueio reduziu 50% da exportação.

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Rondônia (Faperon) afirma que a suspensão do bloqueio trouxe uma expectativa muito alta.

"Um dos nossos principais problemas é o consumo interno, nosso consumo é muito pequeno em comparação com a nossa produção, precisamos escoar essa produção para exportação", avaliou o presidente da Faperon, Hélio Dias.

Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), os embarques das mercadorias que haviam sido bloqueados já foram liberados, e a previsão é que nos próximos dias retomem os envios.

A Faperon diz ainda que atualmente Rondônia exporta para 40 países. A meta é que até o final do ano esse número aumente para 60.

"O cenário é estimulante, acredito que em 90 dias toda a situação será normalizada. Temos muitas carnes armazenadas em frigoríficos. Internamente vamos continuar com um bom mercado, além disso, os preços do gado devem melhorar", disse Hélio Dias.

Segurança sanitária

Laboratórios internacionais identificaram, desde o início do bloqueio, que o caso de vaca louca era atípico e resultado do envelhecimento natural do animal. Na prática, isso significa que não havia risco de contaminação do rebanho e que são mínimas as chances de acontecer novamente.

A Abiec afirma ainda que o episódio demonstra, mais uma vez, a segurança sanitária da carne bovina brasileira e atesta para todos os mercados a transparência e eficiência da cadeia produtiva da carne brasileira.