Prefeito de cidade no AM, cunhado e segurança são presos pela PF por porte ilegal de arma de fogo

Prefeito de cidade no AM, cunhado e segurança são presos pela PF por porte ilegal de arma de fogo


Prefeito de Rio Preto da Eva, Anderson Souza — Foto: Divulgação
1 de 1 Prefeito de Rio Preto da Eva, Anderson Souza — Foto: Divulgação

Prefeito de Rio Preto da Eva, Anderson Souza — Foto: Divulgação

A Polícia Federal prendeu o prefeito de Rio Preto da Eva, Anderson Souza, o cunhado dele e um de seus seguranças por porte ilegal de arma de fogo. As prisões ocorreram durante a Operação Emergência 192, que ocorreu na manhã desta quinta-feira (28), em Manaus e no município.

Agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreensão contra desvios de recursos públicos e fraude em licitação e contratos firmados pela prefeitura do município.

Durante a ação, o prefeito foi preso por porte ilegal de arma de fogo em sua casa, em Manaus. Já o cunhado dele foi preso também na casa do chefe do executivo, mas em Rio Preto da Eva, junto de um segurança.

Os três já pagaram fiança e devem responder em liberdade pelo crime.

Operação Emergência 192

De acordo com a Polícia Federal, as investigações começaram após uma denúncia que inicialmente questionava a eficácia terapêutica dos medicamentos adquiridos por meio de dispensa de licitação em Rio Preto da Eva.

"Adicionalmente, a denúncia levantou suspeitas sobre a idoneidade da empresa contratada, uma vez que sua atividade principal não está relacionada ao setor hospitalar, mas sim ao comércio varejista de materiais de construção", destacou o órgão.

Os investigadores também constataram indícios de conluio, quando há combinação ou cumplicidade, entre as empresas que concorreram à licitação. Segundo a PF, mesmo sendo concorrentes na licitação, as empresas apresentaram propostas com os mesmos erros textuais.

"As propostas apresentadas pelas empresas nas licitações continham similaridades textuais e erros ortográficos idênticos, o que sugere um acordo prévio para manipular o resultado dos processos licitatórios", afirmou a Polícia Federal.

Os agentes identificaram, ainda, proximidade entre os sócios das empresas concorrentes. "Os sócios das empresas concorrentes mantêm relações pessoais e de confiança entre si, incluindo relações afetivas e procurações outorgadas. Essas relações indicam a possível falta de competitividade e isenção nos processos licitatórios", informaram os agentes.

Conforme as investigações, em algum momento, os sócios das empresas investigadas foram assessores comissionados da Prefeitura de Rio Preto da Eva. "E possuem vínculos políticos e pessoais com outros sócios das empresas sob investigação", disse a instituição.

De acordo com as investigações, dados financeiros revelaram saques fracionados e transferências suspeitas nas contas bancárias das empresas envolvidas, imediatamente após os pagamentos efetuados pela Prefeitura de Rio Preto da Eva.

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