Após seca histórica, bacia do rio Madeira pode voltar a subir em novembro, aponta SGB

Após seca histórica, bacia do rio Madeira pode voltar a subir em novembro, aponta SGB


Faixa de terra surge devido á seca do rio Madeira em Porto Velho (RO) — Foto: Emily Costa/G1 RO
1 de 3 Faixa de terra surge devido á seca do rio Madeira em Porto Velho (RO) — Foto: Emily Costa/G1 RO

A SGB explicou que embora não exista previsão para que o rio Madeira volte à normalidade, devido aos níveis atuais e às previsões de chuvas abaixo da média nas próximas semanas, essas condições podem persistir até novembro.

Estação chuvosa

O padrão climático na bacia do rio é de chuvas de novembro a abril, com um período seco de maio a outubro, sendo outubro um mês de transição entre o verão e inverno amazônico.

Na última semana, no trecho de Porto Velho, o rio Madeira teve uma pequena elevação, que ainda não representa normalidade do início da estação e é resultado de chuvas pontuais nos países vizinhos, segundo o boletim.

Rio Madeira — Foto: Jornal Nacional/Reprodução

Caso aconteça maiores atrasos no início do período chuvoso e se for acompanhado de chuvas abaixo da média em toda a bacia, que se estende também no Peru e na Bolívia, a elevação do rio só deve acontecer no próximo mês, explicou o Serviço Geológico Brasileiro.

Em nota, o SGB revelou que o "prognóstico de 15 dias indica que é provável que o nível do Rio Madeira em Porto Velho não tenha mudanças significativas de tendências, em razão dos volumes pouco expressivos de chuva prevista".

Seca histórica

Durante os meses de setembro e outubro, o Rio Madeira, que possui 1,5 mil quilômetros de extensão, atingiu níveis historicamente baixos devido à seca que afetou a região Norte do Brasil.

Essa extensão de água deu lugar a enormes bancos de areia, "montanhas" de pedras e a uma paisagem semelhante ao deserto.

Seca histórica do rio Madeira revela paisagem semelhante a deserto em Porto Velho (RO) — Foto: Emily Costa/ G1 RO

A seca histórica provocou também a suspensão temporária das atividades em uma das maiores hidrelétricas do Brasil, afetou o acesso à água de mais de 15 mil moradores ribeirinhos e vem causando desafios na captação de água e no transporte de mercadorias.

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