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O que está mexendo com os mercados?
Sem grandes novidades na agenda doméstica, o destaque do dia ficou com a última edição do Relatório Focus, do Banco Central (BC).
O relatório trouxe novas projeções para a inflação, apontando que o indicador deve encerrar 2023 em 4,75% no teto da meta do governo. O recuo das previsões vem depois de, na semana passada, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelarem que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi menor que o esperado em setembro, com uma alta mensal de 0,26%.
Já para 2024, a estimativa de inflação ficou estável em 3,88%. No próximo ano, a meta de inflação é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.
Uma inflação controlada é benéfica para a economia porque, entre outros motivos, permite que o BC reduza a Selic, taxa básica de juros. Atualmente, a taxa está em 12,75% ao ano, após dois cortes consecutivos de 0,50 ponto percentual promovidos pela instituição.
Nessa linha, outro ponto de atenção por aqui ficou com as falas recentes do diretor de relacionamento, cidadania e supervisão de conduta do BC, Maurício Moura.
Ele afirmou nesta segunda-feira que a instituição continuará a reduzir a Selic enquanto achar que há espaço e reforçou que a sinalização mais recente é de corte de 0,50 ponto percentual nos próximos encontros de política monetária.
Já no exterior, investidores seguiram em compasso de espera pela divulgação de novos dados econômicos e resultados corporativos previstos para esta semana.
Além disso, um discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, previsto para os próximos dias também fica no radar. A expectativa é que o banqueiro central dê novas sinalizações sobre os próximos passos da política monetária norte-americana. Atualmente, as taxas básica de juros do país estão entre 5,25% e 5,50% ao ano.
Por fim, as atenções continuam voltadas à guerra entre Israel e Hamas. O conflito no Oriente Médio entrou em seu 10º dia nesta segunda-feira, com milhares de mortos e feridos e uma grande corrida diplomática de outros países e autoridades, que tentam evitar que a guerra escale para outros locais da região.
A principal preocupação econômica com o confronto é em relação ao petróleo, tendo em vista que a região do Oriente Médio é uma importante produtora e exportadora da commodity.
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