'Não é lei da selva, inquérito vai continuar', diz Cappelli sobre polícia encontrar corpos de traficantes suspeitos de matar médicos no Rio

'Não é lei da selva, inquérito vai continuar', diz Cappelli sobre polícia encontrar corpos de traficantes suspeitos de matar médicos no Rio


Médicos foram alvo de um ataque a tiros durante a madrugada de quinta-feira, na orla da Barra da Tijuca. Além das três vítimas que morreram, um quarto médico foi baleado e está hospitalizado.

Ricardo Cappelli — Foto: Tom Costa/Ministério da Justiça
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Ricardo Cappelli — Foto: Tom Costa/Ministério da Justiça

O Secretário Executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, disse ao blog que, apesar de a Polícia Civil ter encontrado os corpos de alguns suspeitos de terem matado os três médicos no Rio de Janeiro, "(a situação) não é lei da selva, e o inquérito vai continuar".

Ao todo, quatro corpos foram localizados pela Delegacia de Homicídios, com o apoio da inteligência da polícia: três estavam dentro de um carro na Rua Abrahão Jabour, nas proximidades do Riocentro; e outro, no segundo veículo, na Avenida Tenente-Coronel Muniz de Aragão, na Gardênia Azul.

A polícia confirmou que dois dos quatro corpos encontrados são de suspeitos de terem participado do ataque. São eles:

  • Philip Motta Pereira, o Lesk: o corpo dele estava no veículo localizado na Gardênia.
  • Ryan Nunes de Almeida, o Ryan: ele integrava o grupo liderado por Lesk, chamado de "Equipe Sombra".

A investigação já apurou que dois suspeitos de envolvimento — Bruno Pinto Matias, o Preto Fosco, e Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, o BMW — não estão entre os mortos.

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Mapa mostra onde médicos foram assassinados no Rio — Foto: Editoria de Arte g1

Determinação de Dino

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, determinou que a Polícia Federal acompanhe as investigações sobre a execução dos médicos. Ao blog, ele disse que não vê indícios para federalizar o caso.

Dessa forma, a investigação do assassinato segue, por ora, com a Polícia Civil do Rio de Janeiro.

O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, disse ao blog não ter dúvidas que o crime foi execução e que é cedo para falar em crime político. Já que o médico Diego Ralf Bomfim é irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL).

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Vítimas do ataque

Os médicos foram alvo de um ataque a tiros durante a madrugada de quinta-feira, na orla da Barra da Tijuca. Além das três vítimas que morreram, um quarto médico foi baleado e está hospitalizado.

  • Daniel Sonnewend Proença, 32 anos: levado com vida para o Hospital Municipal Lourenço Jorge com pelo menos 3 tiros. Ele seria transferido para uma unidade particular.
  • Diego Ralf Bomfim, 35 anos: morreu no Hospital Lourenço Jorge.
  • Marcos de Andrade Corsato, 62 anos: morreu na hora. Ele faria 63 anos semana que vem e era diretor do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
  • Perseu Ribeiro Almeida, 33 anos: fez aniversário nesta terça-feira e morreu na hora.

A principal linha de investigação da polícia é a de que os médicos foram baleados por engano. A TV Globo apurou que uma das hipóteses é a de que os traficantes tinham como alvo um miliciano da região de Jacarepaguá, que se parece com uma das vítimas.

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