PF prende milicianos Dalmir e seu filho, Taillon, alvo de traficantes que executaram médicos por engano na Barra da Tijuca

PF prende milicianos Dalmir e seu filho, Taillon, alvo de traficantes que executaram médicos por engano na Barra da Tijuca


Prisão de Taillon foi feita em abordagem da PF na Avenida Abelardo Bueno e a do pai, na casa dele. Três homens, que seriam policiais militares que faziam a segurança de Taillon, foram presos.

Por Gabriela Moreira, Marco Antônio Martins, TV Globo e g1 Rio

  • Taillon Barbosa é condenado por associação criminosa e estava em liberdade condicional.

  • Fora da cadeia desde setembro, ele era jurado de morte por traficantes rivais.

  • Criminosos o confundiram com um médico e balearam ele e 3 colegas; só 1 sobreviveu.

  • Pelo erro, os executores também foram assassinados pela própria facção.

Polícia prende suspeito na Barra da Tijuca

Polícia prende suspeito na Barra da Tijuca

Agentes da Polícia Federal prenderam nesta terça-feira (31) o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa e seu pai, Dalmir Barbosa, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.

A prisão foi feita na Avenida Abelardo Bueno, na altura do número 3.500. Além de Taillon, três homens, que seriam policiais militares que faziam a segurança dele, foram presos. Um deles aparece nas imagens (veja acima) deitado no chão e algemado.

Filho de chefe de milícia

Taillon sentado no meio-fio durante abordagem da PF na Barra da Tijuca — Foto: Reprodução

Taillon já havia sido preso em dezembro de 2020, numa operação do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio.

Em julho do ano passado, foi condenado a 8 anos e 4 meses de prisão por organização criminosa, devido à sua participação em uma milícia na Zona Oeste.

“Há o registro de uma série de recentes ‘disque-denúncias’ que indicam que Taillon apresenta comportamento extremamente violento e exerce proeminente função de comando na organização criminosa”, diz um trecho da sentença.

Taillon ficou preso até março deste ano, quando foi colocado em prisão domiciliar. Em setembro, ele conseguiu liberdade condicional, que permite que o restante da pena seja cumprida em liberdade.

g1 apura o motivo da prisão nesta terça-feira.

Execução por engano

Taillon (à esquerda) teria sido confundido com o médico Perseu (à direita) — Foto: Reprodução

A semelhança física de Taillon e outras coincidências levaram traficantes rivais à milícia dele a balearem quatro médicos de fora do Rio que participavam de um congresso na cidade. Três morreram e um sobreviveu após ser hospitalizado.

Taillon se parece com uma das vítimas, o médico Perseu Ribeiro Almeida. Além disso, o endereço do miliciano é justamente na Avenida Lucio Costa, a mesma do quiosque onde ocorreu o crime, na orla da Barra. A polícia investiga se uma pessoa viu o grupo sentado e informou aos assassinos.

Na imagem da câmera de segurança, é possível ver um dos atiradores voltando para conferir o Perseu, já baleado.

Os principais suspeitos de participar da execução dos médicos foram mortos por traficantes da sua própria facção, segundo a investigação. Os corpos de dois deles — Philip Motta Pereira, o Lesk, e Ryan Nunes de Almeida, o Ryan — foram localizados em dois carros na Zona Oeste.

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