Hospital é referência em doenças do coração. — Foto: Rodrigo Santos/SES
As duas máquinas de cateterismo da Fundação Hospital do Coração Francisca Mendes (FHCFM), em Manaus, estão paradas. A denúncia foi feita por pacientes que precisam de tratamento e estão há meses sem realizar exames e procedimentos cardíacos na unidade, que é referência para o tratamento no estado.
Em resposta ao g1, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que os pacientes que necessitam realizar os procedimentos de hemodinâmica, que é o responsável por procedimentos como cateterismo, estão sendo encaminhados para a clínica Angiofisio, para realização do procedimento, via Complexo Regulador do Estado.
O secretário executivo adjunto da SES, Leandro Pimentel, também ressaltou que o órgão possui contrato vigente com a rede privada para complementar a oferta de serviços que envolvem procedimentos hemodinâmicos durante a manutenção das máquinas no FHCFM.
"O serviço privado foi potencializado com a ampliação da oferta, não deixando de realizar o procedimento de diagnóstico e tratamento", disse.
No entanto, pacientes ouvidos pela reportagem relataram que há meses buscam pelo tratamento, mas não receberem nenhum tipo de assistência na rede privada. Veja relatos abaixo.
Pimentel pontuou que a manutenção das máquinas já iniciaram e em breve o serviço será normalizado. Ele informou, ainda, que Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), administrado pelo Governo Federal, possui uma máquina de hemodinâmica que está em processo de habilitação e a SES vem buscando parceria para que o serviço seja implantado com todo suporte necessário.
Há três meses esperando um cateterismo
Documento mostra último exame feito pelo paciente Alberto dos Santos em agosto de 2023 — Foto: Arquivo pessoal
O industriário Alberto dos Santos contou que está desde agosto esperando para fazer um cateterismo, procedimento que ajuda a diagnosticar possíveis lesões nas artérias coronárias do paciente. Ele disse que chegou a fazer todos os exames necessários para o procedimento, mas logo em seguida foi informado que a máquina está quebrada.
Ainda segundo o industriário, ao procurar o hospital, ninguém soube informar quando a máquina que faz o procedimento seria consertada.
"Ninguém fala nada, ninguém faz nada. Informaram que a peça que estava quebrada viria da Alemanha, mas não deram prazo. Eu ainda estou em uma situação melhor, mas a médica disse que eu precisava fazer isso com certa pressa, mas até agora nada. Duas máquinas lá e nada", disse.
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